A extinção dos cobradores de ônibus entrou em pauta na sessão da Câmara da Capital, nesta quarta-feira (11). O projeto de autoria do Executivo que pretende acabar gradativamente o cargo do cobrador gerou polêmica entre os vereadores.
O líder da bancada petista, Jonas Reis, argumentou contra o projeto, e lembrou quando o prefeito Sebastião Melo (MDB) era vereador e aprovou uma lei contra as carroças de coleta em Porto Alegre, e prometeu empregar os carroceiros, o que, segundo o parlamentar, não aconteceu. "Sebastião, quando era vereador, fez uma lei para tirar as carroças da cidade, e ele disse: 'vamos fazer um programa de emprego', nenhum conseguiu, porque a prefeitura não o fez".
A vereadora Monica Leal (PP) também argumentou contra o projeto, e disse da necessidade dos cobradores estarem nos ônibus para ajudarem os passageiros com deficiência. "Me dei o trabalho de ir nos corredores de ônibus, e sei que uma pessoa que usa cadeira de rodas, não tem como entrar no transporte público, é o cobrador que sai e coloca dentro do ônibus."
A vice-líder do governo na casa, vereadora Comandante Nádia (DEM), falou a favor do projeto, argumentando que os cobradores de ônibus não seriam demitidos, e a extinção de sua função será apenas quando terminar seu tempo de serviço. A parlamentar reiterou que o projeto apenas busca tirar a obrigatoriedade de ter cobradores em todos os ônibus, e em todas as linhas, mas uma empresa pode mantê-los caso desejar.
Na ordem do dia, foi aprovado o projeto da unificação do Bônus-Moradia, de autoria do vereador Cassiá Carpes (PP). A proposta possibilita que as famílias já cadastradas no benefício adquiram um imóvel de maior valor. De acordo com o Executivo, a ideia é facilitar a aquisição do imóvel que atenda às necessidades da família.