Fabíola Saretta
É comum que fundadores e sucessores iniciem profundamente envolvidos nas operações diárias. Tudo parece depender deles: da supervisão de processos à gestão financeira. No entanto, conforme o negócio cresce, a atuação excessivamente operacional passa a ser um risco, sobrecarregando líderes e impedindo uma visão clara do futuro.
Mas como, na prática, fazer essa transição de gestor operacional para arquiteto estratégico? O primeiro passo é reconhecer a necessidade dessa mudança. Com o crescimento da empresa, surgem desafios complexos que exigem visão macro e estratégica. Líderes precisam entender cenários econômicos, políticos e sociais que influenciam diretamente seus negócios. Isso significa ir além das demandas diárias, olhando para tendências e oportunidades futuras.
Uma das principais soluções é a formação executiva contínua. Programas educacionais modernos, especializados em gestão estratégica, permitem desenvolver habilidades essenciais, como pensamento crítico e capacidade de antecipação. Cursos práticos, mentorias especializadas e programas de curta duração ajudam fundadores e líderes a se tornarem estrategistas eficazes, equilibrando o domínio operacional com uma postura de visão mais ampla e sustentável.
Outro fator decisivo é o networking qualificado. Ao trocar experiências com executivos que enfrentam situações semelhantes, gestores conseguem obter insights valiosos, compreender diferentes perspectivas e aprender novas formas de resolver problemas. O contato com outros profissionais pode acelerar a transição para uma atuação mais estratégica, contribuindo para decisões mais conscientes e assertivas.
Além disso, a mudança estratégica implica desenvolver lideranças internas. Líderes estratégicos entendem que delegar operações diárias para gestores competentes é essencial. Assim, o líder pode dedicar-se à construção do futuro da empresa, enquanto sua equipe operacional assegura estabilidade e eficiência nas rotinas.
Além disso, a mudança estratégica implica desenvolver lideranças internas. Líderes estratégicos entendem que delegar operações diárias para gestores competentes é essencial. Assim, o líder pode dedicar-se à construção do futuro da empresa, enquanto sua equipe operacional assegura estabilidade e eficiência nas rotinas.
Essa mudança não significa abandonar totalmente a operação, mas sim realinhar prioridades. O arquiteto de negócios permanece próximo à operação, mas seu papel principal é conectar o presente com um futuro sustentável e promissor.
Finalmente, pensar estrategicamente envolve ética e responsabilidade social. Líderes visionários percebem que o crescimento saudável das empresas não ocorre apenas pelos lucros imediatos, mas pela construção de um legado que gera impacto positivo e sustentável.
Transformar-se em arquiteto estratégico, portanto, não é só uma evolução profissional; é uma decisão consciente para garantir a longevidade e relevância da empresa no mercado.
Fundadora da Árete Escola de Negócios