Um grupo de estudantes saiu às ruas de Porto Alegre na manhã desta sexta-feira (17) para protestar contra as restrições ao pagamento da meia-passagem de ônibus na Capital e contra o sucateamento das escolas públicas. Um projeto de lei do prefeito Nelson Marchezan Júnior, que restringe o meio-passe a estudantes com renda familiar até três salários mínimos, está em tramitação na Câmara de Vereadores. Os manifestantes incluíram na pauta críticas ao parcelamento de salários dos professores da rede pública municipal e estadual.
Uma parte dos alunos saiu do Colégio Julio de Castilhos, na avenida João Pessoa, em caminhada em direção à Escola Técnica Parobé, na avenida Loureiro da Silva, para uma grande concentração dos manifestantes.
Devido à aglomeração em frente ao Parobé, o trânsito foi totalmente bloqueado na Loureiro da Silva no sentido centro-bairro. Após a concentração, o grupo saiu em caminhada até o Paço Municipal. O fim do protesto ocorreu ao lado do Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa.
Nycolly Muller, aluna da Escola Itália, diz que a principal reivindicação é a passagem estudantil, mas que há outras demandas. "É um descaso que convivemos em relação à educação. O ambiente escolar é precário, sem estrutura nenhuma e muitas vezes com falta de professores. Semana passada, por exemplo, ficamos sem gás e sem aulas", conta.
Participam da manifestação entidades como União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (Umespa), União Gaúcha dos Estudantes (Uges), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Estadual dos Estudantes do Rio Grande do Sul (UEE) e diretórios acadêmicos. O ato ainda teve apoio de servidores da Capital ligados ao Sindicato do Municipários de Porto Alegre (Simpa), que estão em greve. A categoria denuncia o desmonte da educação.