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Filmada em Porto Alegre, série 'Chuteira preta' estreia no Prime Box Brazil
Márcio Kieling e Nuno Leal Maia (direita) protagonizam a série com cenas rodadas em Porto Alegre
PRIME BOX BRASIL/DIVULGAÇÃO/JC
Caroline da Silva
Os atores Márcio Kieling e Nuno Leal Maia protagonizam a série de TV Chuteira preta, que estreia no canal Prime Box Brazil no sábado, às 21h. Realizada pela gaúcha Accorde Filmes, a produção tem direção de Paulo Nascimento, que assina o roteiro junto a outras duas figuras locais: o escritor Tailor Diniz e ao fotógrafo Gilberto Perin. Compra de resultados de partidas, extorsões, alienação familiar, sexo, drogas e religião são alguns temas dos 13 episódios, cuja direção de fotografia é de Renato Falcão (de A Era do Gelo, O Touro Ferdinando e Rio).
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Os atores Márcio Kieling e Nuno Leal Maia protagonizam a série de TV Chuteira preta, que estreia no canal Prime Box Brazil no sábado, às 21h. Realizada pela gaúcha Accorde Filmes, a produção tem direção de Paulo Nascimento, que assina o roteiro junto a outras duas figuras locais: o escritor Tailor Diniz e ao fotógrafo Gilberto Perin. Compra de resultados de partidas, extorsões, alienação familiar, sexo, drogas e religião são alguns temas dos 13 episódios, cuja direção de fotografia é de Renato Falcão (de A Era do Gelo, O Touro Ferdinando e Rio).
> Assista o trailer:
Nascimento conta que a sua motivação para Chuteira preta foram dois questionamentos que o intrigavam: “Por que Brasil não faz nada sobre futebol enquanto nos Estados Unidos todo ano tem filme sobre basebol, série sobre basquete, produções sobre o submundo dos esportes? Por que vários jogadores ricos, já consagrados, depois de algum ponto não conseguem mais atuar nos gramados em alto nível?”.
O personagem principal do seriado é o jogador Kadu, interpretado por Kieling. Após carreira bem-sucedida em clubes de Portugal e Espanha, ele acaba tendo um retorno desastroso ao futebol brasileiro. Quando teima em bater um pênalti e erra, sua vida tem uma reviravolta gigante.
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Então, o atleta resolve voltar às suas raízes em campos de várzea da periferia, quando jogava com os pés descalços, contando com a ajuda do tio Jair (Nuno Leal Maia), ex-craque da década de 1970 que não conseguiu enriquecer com a atividade. Para completar um cenário complexo, a mãe do rapaz morreu; o pai, Cedenir (Kadu Moliterno), é um jogador fracassado da série C que vive da sua mesada e ele tem uma ex-mulher, Flávia (Karin Roepke), que está falida e também tenta manipulá-lo para obter benefícios financeiros.
Há também o presidente corrupto do clube Dr. Sangaletti (Zé Victor Castiel) e Carniça (Allan Souza Lima), chefe de torcida organizada que faz todo o trabalho sujo que o gestor do time precisa. Entre as diversas tramas, o elenco reúne outros nomes conhecidos do público (como Nicola Siri, Rafael Sieg, Nelson Diniz, Luis Navarro, Marcos Breda, Maria Zilda Bethlem e Ingra Lyberato) que dão vida a um total de 57 personagens.
Carniça (esquerda), personagem de Allan Souza Lima, com Dr. Sangaletti (Zé Victor Castiel)
A produção é cercada por naturalismo, desde a fotografia – somente com luz ambiente – até o que ocorre em cena. Por isso, os dois protagonistas são ex-jogadores de futebol: Márcio Kieling já atuou na base do Internacional e Grêmio e Nuno Leal Maia é ex-jogador do Santos e foi técnico do Londrina Esporte Clube e da Sociedade Esportiva Matsubara, ambos do Paraná; do São Cristóvão de Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro, e do Botafogo Futebol Clube, da Paraíba.
O roteiro de Nascimento, Diniz e Perin se baseou em pesquisa de campo feita por meio de entrevistas anônimas para se chegar aos assuntos-chave e principais arquétipos do esporte. Algumas das fontes primárias são jogadores, técnicos, gestores, empresários e psicanalistas que atendem o setor. Ainda foram considerados casos veiculados na imprensa.
A proximidade com a realidade tem impulsionado a divulgação do trabalho. O diretor tem sido procurado para entrevistas por veículos do País e do exterior que cobrem esporte. A veiculação da série está prevista para toda a América Latina entre setembro e outubro, pela plataforma Netflix. Para os Estados Unidos, também já houve acerto de exibição posterior via streaming internacional.
“Na segunda temporada, o foco é justamente a corrupção na América Latina", diz Nascimento
E as recentes declarações do argentino Leonel Messi na Copa América, sugerindo corrupção na entidade responsável pelo torneio, deram ainda mais visibilidade para Chuteira preta. “Na segunda temporada, o foco é justamente a corrupção na América Latina. Esta primeira ficou mais em cima do ambiente do jogador”, comenta Nascimento.
Os próximos capítulos do enredo já estão escritos e tiveram nesta mesma semana confirmação de viabilização pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com a divulgação da aprovação do projeto no edital da Agência Nacional do Cinema (Ancine). As novas filmagens devem ocorrer a partir de março de 2020 na Capital, nos mesmos moldes das ocorridas no ano passado.
A série foi filmada durante sete semanas, entre março e abril de 2018, na Região Metropolitana. Ao total, foram 130 sets e 50 locações diferentes, dentre eles o Estádio Beira-Rio, campos de periferia, vilas e o cais do porto.
Natural de Porto Alegre, Paulo Nascimento tem no currículo importantes premiações de cinema. Já dirigiu os longas-metragens A superfície da sombra (2018), Teu mundo não cabe nos meus olhos (2018), A Oeste do Fim do Mundo (2014), Em teu nome (2010), A casa verde (2010), Valsa para Bruno Stein (2008) e Diário de um novo mundo (2005), além das séries de televisão Animal (2014/GNT) e Fim do Mundo (2011/RBS).