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reportagem cultural

- Publicada em 16 de Maio de 2019 às 21:27

Arqueólogos e historiadores pesquisam vestígios de índios minuanos

Pesquisadores buscam, no Pampa, vestígios dos índios minuanos, responsáveis por criar extensas manadas de gado nos campos gaúchos

Pesquisadores buscam, no Pampa, vestígios dos índios minuanos, responsáveis por criar extensas manadas de gado nos campos gaúchos


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Sabe-se que os minuanos um dia habitaram planícies alagadiças e cerros próximos de lagoas e rios, em um espaço que abrange os atuais estado do Rio Grande do Sul e República Oriental do Uruguai. Pertencem à etnia dos chamados índios pampeanos. Mas pouco se sabe sobre eles, em comparação aos guaranis e aos charruas, grupos originários da América Meridional, que disputaram território com povoadores espanhóis e portugueses, em processos de aliança, guerra e extermínio. Certo é que, durante três séculos, os minuanos criaram extensas manadas de gado, mulas e cavalos, que dominavam a paisagem do pampa.
Sabe-se que os minuanos um dia habitaram planícies alagadiças e cerros próximos de lagoas e rios, em um espaço que abrange os atuais estado do Rio Grande do Sul e República Oriental do Uruguai. Pertencem à etnia dos chamados índios pampeanos. Mas pouco se sabe sobre eles, em comparação aos guaranis e aos charruas, grupos originários da América Meridional, que disputaram território com povoadores espanhóis e portugueses, em processos de aliança, guerra e extermínio. Certo é que, durante três séculos, os minuanos criaram extensas manadas de gado, mulas e cavalos, que dominavam a paisagem do pampa.
Hoje em dia, restaram descendentes mestiços, que são de difícil determinação e escasso reconhecimento. No entanto, é inegável a contribuição dos minuanos para a cultura das estâncias, com seus hábitos e técnicas de pastoreio. Em tempos de construção de muros para delimitar domínios nacionais e cercas para isolar propriedades privadas, sua noção de mobilidade e de território, baseada em caminhos e habitações provisórias, indica um modo de viver no mundo e de se relacionar que é diverso do que se estabeleceu atualmente como hegemônico.
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Este conhecimento sobre quem foram e como se comportavam os índios minuanos na América Meridional começa a se desvelar um pouco mais pela investigação conjunta entre brasileiros e uruguaios. Em abril passado, uma equipe binacional encontrou vestígios arqueológicos na região de São Gabriel, no Sudoeste do Estado. Participaram da expedição o arqueólogo José M. López Mazz e o historiador Diego Bracco, da Universidade de La República (Uruguai), e o historiador Tau Golin, da Universidade de Passo Fundo (Brasil).
A equipe localizou, pela primeira vez naquela região, cerritos de índios minuanos. Em termos de arqueologia, são montes de terra que contêm vestígios de habitação de povos que se deslocavam após longos períodos de estadia, deixando para trás toldarias inteiras e até restos mortais de entes queridos. Com o passar do tempo e novas ocupações, outras camadas eram acrescentadas ao monte.
Os cerritos são a principal característica que identifica a cultura minuana. Possuem uma planta circular ou elíptica, entre 30 e 40 metros de diâmetro, e podem medir de pouco mais de meio metro até sete metros de altura. A partir do estudo dos cerritos, pode-se compreender o legado destes grupos indígenas e a sua influência em nossos dias.
Mas há dificuldade em recuperar informações sobre os minuanos quando se constata que não houve cronistas de época entre eles, como tiveram os missioneiros, por exemplo, que deixaram textos escritos de próprio punho. O resultado dessa escassez documental, de acordo com Tau Golin, é um subdimensionamento da importância dos minuanos na história. No entanto, as pesquisas mais recentes demonstram que há forte territorialidade deste grupo indígena, estendida desde Santa Maria até o Rio da Prata. "Uma nova ideia de um povo muito mais pujante do que aparece na historiografia", avalia Golin.
A incursão em campo em São Gabriel, segundo o uruguaio Diego Bracco, "ajuda a esclarecer prejulgamentos e a olhar para a nação minuana com a importância que teve". Em vez de recolher dados para compor uma história restrita à ideia de país, voltam-se para a compreensão da territorialidade vivida pelos próprios indígenas, em um mundo sem fronteiras estatais ou limites para a mobilidade. Após a expedição em solo brasileiro, o arqueólogo López Mazz observou que "é o mesmo tipo de território que no Uruguai".
Nesta reportagem cultural, o Jornal do Comércio reporta, com exclusividade, essa expedição, que encontrou cerritos e determinou a localização do terceiro marco espanhol do Tratado de Santo Ildefonso, do século XVIII. O êxito da prospecção de superfície só foi possível com o cruzamento de informações de mapas históricos e de instrumentos de geolocalização atuais.
Estes achados estabelecem novos locais de interesse arqueológico para futuras escavações. Simbolizam a retomada de investimento para contar a história de um povo indígena considerado extinto, possibilitando a ressurgência cultural dos minuanos.

Vestígios dos minuanos nos cerritos

Expedição localizou três cerritos nas proximidades do banhado do Inhatium, interior de São Gabriel

Expedição localizou três cerritos nas proximidades do banhado do Inhatium, interior de São Gabriel


joão vicente ribas/divulgação/jc
Vindos de Tacuarembó, no Uruguai, e de Porto Alegre, os pesquisadores se encontraram ao meio-dia em um posto de combustível na BR-290. Era o primeiro dos dois dias de trabalho em campo. Após o almoço, seguiram até a estrada de chão que costeia o banhado do Inhatium. A bordo de uma caminhonete com tração nas quatro rodas, seguiram as instruções do GPS entre as lavouras da localidade de São Carlos, no interior de São Gabriel. As coordenadas foram configuradas no instrumento de geolocalização com base em mapas e diários de demarcadores das coroas espanhola e portuguesa, que indicavam ocupação minuana. Entre eles, um mapa detalhado, de mais de dois metros, disponível na biblioteca do congresso norte-americano em Washington.
No caminho, sem que o automóvel houvesse parado, López Mazz avistou de longe um cerrito. "Há 30 anos que trabalho com cerrito de índios, então a gente faz o olho", comentou. Chegando próximo daquele monte, em meio à plantação de soja, o arqueólogo destacou seu formato diferente das formas naturais. Também observou o local onde estava colocado, o mesmo tipo que costuma encontrar no Uruguai: terrenos alagadiços, com grande amplitude visual. Depois de um registro fotográfico, seguiram pela estrada e logo avistaram outro cerrito. Os achados animaram a equipe, pois segundo López Mazz, até hoje não se tinha reportado cerritos na região de São Gabriel.
Quando o automóvel chegou ao ponto marcado no GPS, próximo à Sanga dos Enforcados, os pesquisadores andaram a pé uns 300 metros até o alto do cerro, onde havia um conjunto de espinheiras. No chão havia pedras soltas, com marcas produzidas por ação humana. Ao lado, avistaram mais um cerrito. Em meio à lavoura e às espinheiras, também encontraram pedaços de cerâmica, vidro e tijolos, possivelmente de épocas distintas.
O objetivo naquele primeiro dia era localizar o ponto onde fora instalado o terceiro marco espanhol do tratado de Santo Ildefonso em 1787. Junto à estrutura robusta de pedra, sabe-se que o cacique minuano Miguel Caraí teria estabelecido uma toldaria, após fugir das redondezas da lagoa Mirim, quando esta passou a ser povoada por espanhóis. O minuano teria buscado ao Norte os campos neutrais (faixa sem domínio determinado), onde acabou se fixando.
Para compreender este período e a movimentação dos minuanos no território, Tau Golin ressalta que, no século XVII, houve o início da privatização dos campos, para garantir a posse das coroas ibéricas. Assim, os minuanos encontraram no espaço neutral a possibilidade de estabelecer suas toldarias. "Tudo indica que há uma movimentação dos minuanos, se deslocando da região da lagoa Mirim e se estabelecendo nos rios meridionais do rio Ibicuí, como o Santa Maria e o Cacequi", ressalta Golin.
López Mazz observa que já havia pesquisado na área onde Miguel Caraí residiu mais ao Sul e, agora, ficou satisfeito em localizar sua outra morada. Sobre os achados arqueológicos, chama atenção para as pedras trabalhadas, pedaços de louça e de vidro. "Indicam que houve ocupação humana naquele local", afirma. A descoberta faz com que se tenha interesse em fazer uma sondagem abaixo do solo.
Para Tau Golin, ter localizado cerritos e vestígios de habitação em torno do terceiro marco foi como se aquilo que estava escrito nos documentos se materializasse. O historiador confirmou as descrições dos demarcadores, a posição dos rios, a altitude, os ângulos de rotas e a plotagem dos pontos significativos na cartografia. "Confirmou tudo", comemorou.

Hoje separada, região já foi território único

Em meio à lavoura, surgem pedaços de cerâmica e outros materiais

Em meio à lavoura, surgem pedaços de cerâmica e outros materiais


joão vicente ribas/divulgação/jc
No segundo dia de campo, a equipe foi até o cerro do Batovi, distante 14 quilômetros do marco anterior. Os pesquisadores alcançaram uma colina onde há uma antena de comunicações e um marco do exército brasileiro, datado de 1949. O ponto possibilita visualização ampla de 360 graus. Havia um assentamento com uma capela, logo abaixo. Possivelmente era onde se instalava, no século XVIII, a guardaria do demarcador espanhol Félix de Azara. "Seguramente este local foi muito importante, não somente para os índios minuanos, mas também para os missioneiros e para nós uruguaios, pela história de um dos fundadores do país, José Artigas", assinala López Mazz. O arqueólogo conta que, vivendo junto a Azara naquela guardaria, o general Artigas teria desenvolvido um pensamento latino-americano. "Portanto, o local é muito simbólico", conclui. No Batovi, os pesquisadores ainda puderam confirmar a localização de mais uma toldaria de minuanos.
Diego Bracco avalia que a pesquisa foi bem produtiva. Primeiro, pelo intercâmbio entre investigadores. Segundo, para observar a unidade essencial do território que hoje é separado em dois países. "Andar em campos tão parecidos faz ser mais compreensível e faz desaparecer os limites que hoje têm sua razão de ser, mas que eram inexistentes na época", relata. Para López Mazz, "a parceria metodológica entre historiador e arqueólogo, a interdisciplinaridade, é fundamental".
A investigação está apenas no início e Tau Golin vislumbra um grande laboratório de estudo, envolvendo as universidades da região: "recuperar um povo que foi extinto e que tem uma história muito significativa, que prosseguiu do ponto de vista do fenótipo, dos hábitos, dos costumes, na população do Rio Grande do Sul e do Uruguai".

Minuanos: tradição no povoamento da região

Ilustração retrata índios minuanos, que habitavam América Meridional antes da chegada dos europeus

Ilustração retrata índios minuanos, que habitavam América Meridional antes da chegada dos europeus


Figueiredo/divulgação/jc
Antes da chegada dos europeus na América Meridional, os chamados índios pampeanos eram coletores, pescadores e caçadores. Os minuanos e os charruas deram continuidade a essa tradição de povos antigos. Com a introdução do gado e do cavalo na região, logo se apropriaram e desenvolveram técnicas de pastoreio e sistemas de doma. O uso de boleadeiras e do laço são traços típicos desses grupos indígenas e que acabaram entrando para o hábito do homem do Rio Grande do Sul.
Alguns costumes são tipicamente minuanos, como o de sentar nos calcanhares, ou o de fumar e colocar a sobra do cigarro atrás da orelha. Talvez o mais notável tenha sido o jeito de guardar a faca na cintura, atravessada nas costas. Tau Golin explica que, possivelmente, esse hábito se consolidou pela habilidade cavaleira do minuano, pois facilitava o uso do laço e das boleadeiras em montaria.
O pequeno poncho, curto e listrado, chamado "bichará", também é legado minuano. A palavra consta no vocabulário pampeano, pois não existe um dicionário minuano. Documentos sugerem que havia bastante diferença entre a língua falada por eles e o idioma guarani, preponderante naquele território colonial em disputa. Mas os pesquisadores uruguaios advertem que é preciso novos estudos linguísticos para esclarecer a questão. E citam outros exemplos de expressões que seriam do idioma minuano: lochan (cachorro) e baumarahate (colina fria).
Uma das principais referências bibliográficas sobre a cultura minuana é o livro publicado em 2010 por Diego Bracco e López Mazz, intitulado Minuanos. O volume reúne ampla documentação que demonstra que, durante longo tempo, esses índios predominaram no território onde hoje é o Uruguai e em parte do Rio Grande do Sul. Também permite concluir que as denominações variadas de guenoas e minuanos referiam-se a uma mesma nação indígena. Portugueses e espanhóis diziam minuanos, jesuítas chamavam de guenoas.
Esta documentação, combinada com resultados arqueológicos, indica que é recorrente a presença de cerritos de até 5 mil anos atrás. López Mazz já trabalhou em muitas escavações no Uruguai, que possibilitaram conhecer melhor os estilos de vida minuano, as práticas funerárias, ferramentas, cerâmicas e agricultura (milho, batata-doce, amendoim).
"Em 30 anos de trabalho, a gente conseguiu tirar os minuanos e os cerritos de uma imagem estática e reconstituir sua cultura, sobretudo o movimento deles", constata. Neste sentido, Tau Golin observa que "a territorialidade dos minuanos não é a do Estado-nação, mas a da ancestralidade e mobilidade". Diego Bracco confirma que "os minuanos parecem ter uma identidade, um idioma e uma hierarquia própria entre os caciques".
 

Resistência às invasões

Historicamente, Diego Bracco mostra que charruas e minuanos resistiram às investidas de três frentes da sociedade colonial que cercaram o território onde habitavam: a dos espanhóis pelo Oeste, portugueses pelo Leste e missioneiros pelo Norte. Às vezes, os povos originários obtinham vitórias. Mas o historiador lamenta que a documentação é mais abundante e detalhada nas guerras vencidas pelos colonizadores. Ainda assim, garante que é possível concluir que esse povo foi preponderante em certo momento.
Tau Golin acrescenta que as relações dos minuanos no entorno eram complexas. Na guerra guaranítica diversos caciques ficaram ao lado dos missioneiros, contra Espanha e Portugal. Outros, ao lado dos portugueses. "Tanto os minuanos como os charruas faziam suas alianças na tentativa de sobreviverem, de protegerem o seu povo, tinham que fazer uma série de manobras para manter sua territorialidade e se manter como grupo social", afirma Golin. No entanto, estavam no território da Campanha, lugar onde primeiro se estabeleceu a propriedade privada no período colonial. O estabelecimento do latifúndio de criadores de gado foi outro processo violento que resultou em extermínio.
O historiador esclarece que a maior parte dos povoadores era homem e acabou constituindo família com as índias. Assim, a mestiçagem, sob hegemonia ou do estado colonial ou do estado nacional, teria resultado na extinção dos minuanos enquanto grupo e influenciado na formação populacional da região. "Grande parte da população rural do Rio Grande do Sul descende de minuanos", assegura Golin.
Mesmo que enquanto organização social tenham sido eliminados no século XIX, muito da herança minuana persiste até hoje em hábitos, costumes e tipos biológicos. Para o uruguaio López Mazz, não dá pra dizer que os minuanos foram extintos. Pois alguns se integraram ao mundo colonial, dando origem aos gaúchos e passando a formar os extratos inferiores da sociedade. "As massas de gente desfavorecida, que são descendentes de índios, também têm direito a ter um lugar na história", conclui o arqueólogo.

Minuano é pop, mas não tem vez na cultura local

O vento Minuano é aquela massa de ar frio que vem cortando do Sudoeste no inverno. Trata-se da designação mais corriqueira para o nome de origem indígena nos dias atuais, no Brasil. Já no Uruguai, o mesmo vento é chamado Pampero. De acordo com López Mazz, apesar dos minuanos terem sido os índios com mais presença física no território uruguaio, acabaram esquecidos em nome de um mito da garra charrua. "Os intelectuais que contribuíram para construir a identidade uruguaia colocaram bastante ênfase na questão charrua", corrobora Bracco.
No caso do Rio Grande do Sul, além do vento, minuano hoje designa as mais diversas mercadorias, instituições e serviços, incluindo produtos de limpeza e grupos de baile. Tem loja de discos e time de rugby em Canoas, prêmio de literatura e transportadora em Porto Alegre, companhia de alimentos em Lajeado, jornal em Bagé, rádio em Alegrete, Rio Grande e Sarandi, time de futebol em São Gabriel e Caxias do Sul. Minuano já denominou até disco de rock.
Apesar do sucesso nominal, é muito difícil encontrar hoje alguém que se diga minuano, ou que, pelo menos, se considere descendente desse povo. Para compreender o fenômeno, o antropólogo José O. Catafesto de Souza afirma que há um processo de invisibilidade, um mecanismo acionado por quem é o desfavorecido. "É como se fosse uma camuflagem, uma metamorfose para se adequar a uma imagem aceitável da diferença", explica. Mas também é fruto de um processo oficial de velamento, de uma história eurocentrada, de uma pressão que leva à invisibilidade.
A cultura guarani teria conseguido um espaço de maior reconhecimento, documentada por jesuítas e pelos próprios indígenas, que foram alfabetizados e escreveram cartas. Diante disso, Catafesto acredita que um novo estudo pode elevar a estima de pessoas ou de um grupo que tinha até agora um princípio de esconder a descendência indígena, pois era considerada vergonhosa. "Já tive depoimento de descendente kaingang que sabia que sua avó era índia, mas que a única vez que ela foi conversar sobre a questão indígena na família foi repreendida para que nunca mais falasse nesse assunto", conta. No caso dos minuanos, o antropólogo considera que ocorreu algo semelhante: a repercussão da ideia de que a avó, a bisavó, ou a tataravó era bugra e "caçava cachorro no mato". "É uma forma tênue de dizer que minha avó sobrou de um extermínio, pois, muitas vezes, matavam os homens e distribuíam as mulheres e as crianças nas fazendas", conclui.
Outra ideia problemática que, de acordo com Catafesto, contribui para a invisibilidade, é a da mistura, do cadinho: "aquela ideia de que o brasileiro não é mais índio, não é mais negro, não é mais branco, é um mestiço". Em sua avaliação, é uma forma perversa de domesticação da diferença e supressão de signos étnicos e de reivindicação. "O samba, o candomblé e a feijoada teriam tudo para serem emblemas de negritude, mas na construção da identidade nacional se lançou como sendo coisa do brasileiro", exemplifica. O mesmo caso teria ocorrido no Rio Grande do Sul, com a erva-mate. "O cara toma chimarrão, mas repudia o índio que está ali do lado", critica.

Jornalista, autor do blog Pampurbana. Doutor em Comunicação pela Pucrs. Foi repórter da TVE/RS.
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