A Fundação Família Previdência, com 41 anos de atividades e atualmente administrando 12 planos de previdência e com um patrimônio de quase R$ 7,5 bilhões, vai ampliar o seu mercado. No alvo estão as prefeituras de todo o Brasil, que têm um prazo de até o dia 12 de novembro deste ano, conforme determina a lei que instituiu a nova previdência em 2019, via Emenda Constitucional nº 103/2019, para criarem uma entidade de previdência ou aderir a uma instituição já existente no mercado.
Rodrigo Sisnandes, diretor-presidente da Fundação Família Previdência, lembra que houve um intervalo de tempo, causado pela realização das eleições de 2020 para prefeitos e vereadores. Segundo ele, de certa forma, isto gerou um atraso neste processo e apenas um número pequeno de municípios acabou aderindo a essas novas regras. "Haverá, certamente, uma correria das prefeituras. O Tribunal de Contas inclusive já enviou correspondências com um alerta sobre o prazo determinado em lei para os municípios e aqueles que descumprirem estas regras poderão sofrer, por exemplo, prejuízo nos repasses do governo federal".
Sisnandes diz que a Fundação é uma das 40 entidades no Brasil que estão habilitadas pelo guia dos municípios, disponibilizado pelo Ministério da Economia, a oferecer à administração de planos de previdência complementar para os servidores dos municípios. No Rio Grande do Sul, basicamente, três entidades estão aptas a oferecer este tipo de produto e são elas: a Fundação Família Previdência (que é a maior do Estado), a Fundação Banrisul e a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul (RS-Prev).
De acordo com Sisnandes, uma portaria foi publicada no dia 12 de julho deste ano no Diário Oficial, aprovando o Plano Família Municípios. Agora, segundo ele, foi iniciada uma série de encontros, principalmente, com municípios gaúchos. "Também, por iniciativa própria, outras prefeituras estão nos procurando. E até o momento, nós já realizamos reuniões com municípios, como: São José dos Campos (SP), Juiz de Fora (MG) e Manaus (AM)", detalha.
O diretor-presidente argumenta que a Fundação tem plano de previdência pronto para os entes federativos, o que garante a adesão rápida e sem taxas para prefeituras e servidores. Ele cita que a administração municipal não precisa criar do zero uma entidade de previdência complementar, uma vez que, há muitos custos envolvidos em uma gestão previdenciária.
Sisnandes explica que haverá a fusão de planos semelhantes, sendo que as entidades participantes farão parte de uma mesma estrutura, uma espécie de guarda-chuva e isso irá reduzir custos e possibilitar uma taxa melhor na gestão do investimento. "O nosso objetivo é aumentar o número de empresas, de entidades e de associações, obtendo deste modo um ganho de escala", acrescenta.