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Porto Alegre, sábado, 12 de abril de 2025.

JC Contabilidade

- Publicada em 18 de Abril de 2018 às 17:38

Empresas de todos os portes investem em ferramentas de compliance

Tá na Mesa debateu formas de melhor gerir processos corporativos

Tá na Mesa debateu formas de melhor gerir processos corporativos


/FREDY VIEIRA/JC
Roberta Mello
Adotar práticas de compliance e envolver todos os colaboradores na busca por estar sempre em conformidade com legislações e regulamentos internos e externos é um desafio e uma necessidade para todas as empresas brasileiras. Com o objetivo de compartilhar os processos e ferramentas implementadas em quatro empresas de portes, realidades e culturas diferentes, os representantes da Siemens, AGCO, Unimed Porto Alegre e Mercur participaram, na semana passada, da reunião-almoço Tá na Mesa, na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).
Adotar práticas de compliance e envolver todos os colaboradores na busca por estar sempre em conformidade com legislações e regulamentos internos e externos é um desafio e uma necessidade para todas as empresas brasileiras. Com o objetivo de compartilhar os processos e ferramentas implementadas em quatro empresas de portes, realidades e culturas diferentes, os representantes da Siemens, AGCO, Unimed Porto Alegre e Mercur participaram, na semana passada, da reunião-almoço Tá na Mesa, na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).
O diretor de Compliance da Siemens, Reynaldo Goto, lembrou que a empresa esteve envolvida, há 13 anos, em um escândalo de distribuição de subornos que incluiu o Brasil. A Justiça alemã condenou a empresa e o caso custou o equivalente a aproximadamente R$ 8 milhões, além dos prejuízos à imagem empresarial. "Se você acha caro estar em compliance, experimente não estar. As multas foram os menores dos problemas, o pior é ter a reputação atingida e perder clientes, fornecedores e executivos", avisou Goto.
A Siemens é até hoje uma das empresas lembradas por ter se envolvido e sido investigada por corrupção. Porém, para Goto, essa "fama" se deve menos pelos valores do que pelo fato de a empresa ter pago as multas e conseguido sobreviver. A saída para contornar os reflexos deste caso foi implementar compliance e envolver principalmente os executivos nisso.
O CEO da Unimed Porto Alegre, Glauco Samuel Chagas, explicou como a cooperativa - primeira cooperativa de trabalho na área de medicina do País, vem implementando seus processos de integridade. "Se tiver um escândalo, temos que estar fora, e se por acaso estivermos envolvidos, temos de fazer de tudo para resolver", afirmou Chagas.
A Unimed criou, em 2012, um código de conduta, que faz parte da cultura estratégica colaborativa da empresa. Com ela, colaboradores, cooperados e fornecedores, compreendendo o significado do seu trabalho, passaram a fortalecer as práticas de transparência e controle interno. Além disso, investiu, no final de 2016, "o mesmo software utilizado pela Lava Jato, capaz de cruzar dados e apontar irregularidades, a partir do qual fazemos a correção".
Já o facilitador e conselheiro de Administração da Mercur, Jorge Hoelzel Neto, falou sobre a remodelação pela qual a empresa familiar optou por passar a partir de 2007. Criada em Santa Cruz do Sul, há 93 anos, a organização havia perdido a "alma" no objetivo de fazer negócios, afirmou Hoelzel Neto.
O exercício de busca pelos valores que movem a Mercur levou à criação de princípios norteadores de negócios da organização, "o que há de mais parecido com compliance na empresa", segundo o conselheiro de Administração, e que incluem respeito à diversidade, ética em todos os relacionamentos e valorização de todas as formas de vida. "Nós, como empresários, às vezes buscamos mais usar a sociedade do que servir a ela. Muito mais do que cumprir a legislação, nossa ética deve estar a favor da vida, das pessoas", resumiu Hoelzel Neto.
Outra opção, adotada pela AGCO, foi a construção de canais de comunicação para público interno e externo, que passaram a ter voz ativa na organização da empresa. "Em 2010, fizemos um mapeamento de risco para analisar as áreas em que estávamos mais expostos. Desse relatório, criamos departamentos e treinamentos para monitorar e criar soluções periodicamente", revelou o vice-presidente Financeiro da América Latina da AGCO, Júlio Cesar Escossi.
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