Costumo falar que a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre é o lugar que une o Rio Grande. É aqui que pessoas, independentemente de partidos políticos; empresas, seja qual for o ramo de atuação; e pacientes dos mais diversos municípios do Estado se encontram. Ao contrário do que muitos pensam, a Santa Casa não é um hospital público, muito embora, há mais de dois séculos, se mantém na missão de atender - principalmente - os que mais necessitam. Cumprimos o propósito com a segurança de destinar mais de 60% dos atendimentos para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os outros 40% são atendimentos a convênios e particulares, que cobrem os custos que temos com o déficit do SUS. Para o desafio, também contamos com a sociedade, que se mobiliza de diversas maneiras em ações que beneficiem o nosso hospital e os mais de 6 milhões de pacientes que por aqui passam a cada ano. Nesta semana celebramos o 246º aniversário de Porto Alegre. Em outubro, os 215 anos da Santa Casa. São 31 anos de diferença que tornam a história dos gaúchos relacionada ao nosso hospital. A Santa Casa não tem dono, ela é perene. Enquanto nós estamos aqui de passagem. Ao iniciar o segundo mandato como provedor, meu orgulho em poder contribuir com esta causa e conviver com um corpo funcional qualificado, composto por pessoas iluminadas que praticam, diariamente, a misericórdia contemporânea, que nada mais é do que oferecer aquilo que gostaria de se receber. Agradeço aos membros da Irmandade a confiança para esta nobre posição e aos meus vice-provedores Vladimir Giacomuzzi, Ruy Rosado de Aguiar Júnior e Eduardo José Centeno de Castro, por compartilharem seus propósitos, dedicação e sabedoria nesta missão. Sigo a jornada com o espírito renovado e com a certeza de que, com o apoio de todos, completaremos mais um ciclo de vitórias.
Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre