O crime praticado contra a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, reacendeu uma discussão que é urgente: a guerra travada no mundo digital. A disputa e as agressões nas redes sociais não se resumem aos partidos políticos e seus simpatizantes, pois também são autores desta prática que nos envergonha, torcedores fanáticos, homofóbicos, machistas, racistas e outros preconceituosos que estão por trás dos smartphones.
Também não é uma rotina das grandes cidades, no Interior, a mentira se espalha com a mesma facilidade. Com intenção de legitimar o que pensam, compartilham notícias falsas, na maioria maldosas, difamando alguém ou uma instituição. Muitos acreditam na farsa publicada, outros simplesmente querem compartilhar uma mentira. São as chamadas "Fake News", que têm invadido as redes sociais e que, graças a Deus, ainda revoltam o estômago de muita gente. O caso da vereadora Marielle é um exemplo, do quanto o ser humano pode ser cruel, e o quanto devemos estar atentos ao ler e interpretar uma notícia publicada no Facebook, Twitter ou Instagram. Depois de tuitar uma notícia falsa sobre a vereadora, a acusando de ter sido casada com traficante Marcinho VP, ser usuária de drogas e ter tido apoio do Comando Vermelho para se eleger, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) pediu desculpas e admitiu ter publicado a notícia sem checar a informação. Acredito na necessidade de que as empresas que hospedam os serviços de internet assumam, de alguma forma, a responsabilidade pelas notícias, perfis e páginas falsas criadas na rede. As notícias falsas sempre existiram, mas com as redes sociais elas ganharam força.
Não esqueçamos a frase "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade", de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler. Considerada como a nova praga do mundo moderno, as Fake News tendem a causar ainda mais estragos em ano de eleição. É preciso consultar fontes confiáveis antes de propagar determinada manchete. Com o engajamento dos internautas, as "fake" são capazes de transformar vilões em mocinhos e vice-versa.
Prefeito (PMDB) de Santo Antônio da Patrulha