Os líderes de partidos com bancadas na Assembleia Legislativa realizaram reunião extraordinária na manhã desta terça-feira (20) para discutir a liberação das entradas ao prédio e ingresso de parlamentares e servidores. Os acessos à Assembleia estão bloqueados desde a madrugada. Servidores querem impedir a votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 259/2023 que busca uma saída para a crise financeira do IPE Saúde.
O Partido Novo defendeu a utilização de forças policiais para liberar o prédio. “Considerando que os manifestantes de negaram a sair, após diálogo com a Mesa Diretora, o Novo defende que seja utilizada a força policial para desobstruir o Parlamento e garantir a democracia representativa”, defendeu Felipe Camozzato, líder da bancada do Novo.
O encontro ocorreu no Memorial do Legislativo, que fica na Duque Caxias, ao lado do Palácio Piratini. Dezenas de manifestantes ocupam a via nesta manhã, com cartazes contra o governo Eduardo Leite e pedindo que a votação não ocorra.
Desde a madrugada, servidores bloqueiam as entradas da Assembleia Legislativa, no Centro Histórico. Foto: João Brum/Especial /JC
Mais cedo, o governador Eduardo Leite (PSDB) e o presidente da AL, deputado Vilmar Zanchin (MDB), criticaram a manifestação.
"Alguns manifestantes bloqueiam acesso ao parlamento gaúcho nesta manhã tentando impedir importantes votações para o RS. Lamentável demonstração de espírito antidemocrático e de desrespeito ao povo gaúcho, que elegeu seus representantes para que deliberem sobre o futuro do Estado", postou o governador na sua conta no Twitter.
“A Mesa Diretora da Assembleia tentou junto aos líderes do movimento, com diálogo, liberar o acesso ao prédio. Esperamos, agora, pela sensibilidade dos manifestantes. O fechamento do Parlamento não combina com democracia. E vou além: é uma violência à democracia”, afirmou Zanchin.