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Publicada em 18 de Março de 2025 às 09:51

Produção industrial sobe em oito dos 15 locais em janeiro; RS tem queda

Produção de celulose avançou 20,2% em janeiro no RS na compararação com o mesmo mês de 2024

Produção de celulose avançou 20,2% em janeiro no RS na compararação com o mesmo mês de 2024

CMPC/Divulgação/JC
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Agências
Oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional avançaram em janeiro na comparação com dezembro. Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (18), a maior alta foi na indústria do Ceará (7,9%), seguido por São Paulo (2,4%). O Rio Grande do Sul aparece entre os locais com resultado negativo, com recuo de 0,3% em janeiro na comparação com o mês anterior.
Oito dos 15 locais investigados pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) Regional avançaram em janeiro na comparação com dezembro. Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (18), a maior alta foi na indústria do Ceará (7,9%), seguido por São Paulo (2,4%). O Rio Grande do Sul aparece entre os locais com resultado negativo, com recuo de 0,3% em janeiro na comparação com o mês anterior.
Em janeiro, a produção nacional teve produção nula (0,0%) e no acumulado do ano em 12 meses, a indústria variou 2,9%, com taxas positivas em 16 locais. “Esta variação nula interrompe uma sequência de três meses de queda na indústria nacional, obtendo uma perda acumulada de 1,2% no período. No período de janeiro, temos concessões de férias coletivas, além de algumas paradas para manutenção de várias plantas industriais em diversos locais, o que reduz o ritmo de produção. Outro fator é com relação à conjuntura macroeconômica, já que temos um aumento dos juros para conter a inflação, o que diminui as linhas de crédito, tanto no lado da oferta, quanto no da demanda”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.
Com o maior crescimento absoluto e a quarta maior influência sobre o resultado nacional, o Ceará registrou expansão após dois meses de resultados negativos, acumulando uma perda de 9,5%. “Este resultado elimina parte da perda de novembro e dezembro, influenciado pelos setores de alimentos, derivados do petróleo e de produtos têxteis”, comenta o analista da pesquisa.
A indústria de São Paulo registrou a maior influência e o segundo maior crescimento no mês (2,4%), voltando a crescer após dois meses de resultados negativos, período em que acumulou perda de 5,6%. “Os setores que mais influenciaram positivamente este comportamento foram o de produtos químicos, de borracha e material plástico, máquinas e equipamentos e de alimentos”, detalha Bernardo Almeida. Este resultado coloca São Paulo num patamar 0,5% acima do nível pré-pandemia, estabelecido em fevereiro de 2020, e 22,0% abaixo do patamar mais alto, registrado em março de 2011.
Entre os sete locais que recuaram, Pernambuco (-22,3%) teve a queda mais acentuada e a maior influência negativa, resultado que vem após dois meses de avanço, com acúmulo de 5,7%. “Este é o recuo mais intenso no estado desde o início da série histórica, devido às férias coletivas e fatores macroeconômicos, assim como impactos nos setores de derivados do petróleo, metalurgia e alimentos”, destacou Almeida.
Apesar da queda de 0,3% da produção no Rio Grande do Sul em janeiro, a atividade mostrou desempenho melhor quando comparada com o mesmo mês do ano passado, com crescimento de 8,1%. O Rio Grande do Sul teve a maior influência nessa base de comparação e o segundo maior crescimento em termos absolutos. Segundo o analista, o “bom desempenho de derivados do petróleo, com aumento na produção de óleo diesel e gasolina automotiva, além do crescimento no setor de veículos automotores, com aumento na produção de autopeças, automóveis, além de reboques e semirreboques”.
Em 12 meses, o setor acumula expansão de 1,6% no Estado. Na indústria gaúcha, das 14 atividades pesquisadas, 11 registraram expansão entre janeiro de 2025 e o mesmo mês em 2024. As altas mais expressivas foram na produção de Coque e derivados de petróleo (22,3%), Celulose (20,2%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (13,9%), Produtos minerais não metálicos (10,6%) e Produtos químicos (10,2%). Já os destaques negativos foram na produção da Metalurgia (-18,6%), Bebidas (-8,2%) e Fumo (-7,2%).

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