Logo após o anúncio do governador Eduardo Leite de
mudanças na política de isolamento permitindo abertura do comércio em algumas regiões, a presidência da Assembleia Legislativa divulgou nota sobre o rumo das medidas em relação à pandemia no Rio Grande do Sul. O presidente da AL-RS, Ernani Polo, mostra, em sua manifestação, receptividade com a flexibilização da abertura de estabelecimentos, mas cobra urgência na análise de dados para avaliar a possibilidade de liberação nas áreas que tiveram mantidas as restrições na RMPA e serra gaúcha.
Polo considerou adequada a possibilidade oferecida "à maioria dos municípios gaúchos para que analisem, com critérios científicos e embasados pela sua realidade local, e possam retomar, mediante protocolos, as atividades dos setores produtivos, do comércio, serviços e indústria". Indústria já estava com medidas liberadas. Segundo o presidente do Legislativo, a reivindicação para flexibilizar teria partido do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico do RS, que é iniciativa da casa.
Para o deputado, a nova condição em áreas com menor incidência de Covid-19 amenizará os impactos na arrecadação, que vêm sendo gerados pelo fechamento das atividades. Polo afirma, por outro lado, que espera que até 30 de abril seja "suficiente para que o governo do Estado, após análise de dados científicos, estabeleça protocolos de funcionamento das mais diferentes atividades destas regiões".
O presidente defende uma avaliação específica de cada um dos municípios das duas regiões metropolitanas observando "realidades distintas entre si e que poderiam, mediante protocolos, também ter a oportunidade de uma retomada gradativa das atividades". "A preservação de empregos melhora o bem-estar da população, evita violência e criminalidade e salva vidas", justificou Polo.
Uma questão que foi lamentada é sobre a obrigatoriedade ou mesmo recomendação do uso de máscaras nos deslocamentos e em atividades cotidianas. O governador Eduardo Leite não vai colocar o item como obrigatório, mesmo nas localidades que terão mais flexibilidade.
"O benefício desta prática (uso da máscara) já foi reconhecido, inclusive, pelo Comitê Científico montado pelo governo do Estado para acompanhar a epidemia, medida já adotada por diversas cidades brasileiras e outros países", ponderou o presidente da AL-RS.