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MAPA ECONÔMICO DO RS

- Publicada em 01 de Dezembro de 2023 às 16:24

Mapa Econômico do RS aponta oportunidades para Serra, Hortênsias, Vales do Paranhana e Vale do Caí

Regiões da Serra, Campos de Cima da Serra, Hortênsias, Vales do Paranhana e Caí sediam polos metalmecânico, de móveis e alimentos, com exportações para o mundo

Regiões da Serra, Campos de Cima da Serra, Hortênsias, Vales do Paranhana e Caí sediam polos metalmecânico, de móveis e alimentos, com exportações para o mundo


Randoncorp/DIVULGAÇÃO/JC
Conheça 14 iniciativas que já se destacam entre as atividades econômicas ou têm projetos com potencial de alavancar o desenvolvimento econômico dessa parte do Rio Grande do Sul. Acesse a edição completa do Mapa Econômico do RS no site do Jornal do Comércio.
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1. O MAIOR POLO METALMECÂNICO DO RIO GRANDE DO SUL
O complexo industrial, que parte da metalurgia, passando pelo setor de máquinas e equipamentos, até as indústrias da borracha e de componentes eletrônicos, é mapeado, partindo de Caxias do Sul, segundo o Simecs, em até 17 municípios. Ao todo, são 4,5 mil indústrias com um faturamento anual médio de R$ 50 bilhões.
2. SETOR MOVELEIRO REFERÊNCIA NO ESTADO
Está na Serra o principal polo fabricante de móveis do Rio Grande do Sul. A partir de Bento Gonçalves e municípios vizinhos, o Sindmóveis aponta que são 300 empresas na região, com 5,6 mil funcionários e R$ 3,1 bilhões de faturamento no último ano. Mas a produção de alta qualidade no mobiliário, entre as regiões retratadas neste recorte do Mapa Econômico do RS vai além, e também chega ao Vale do Paranhana.
3. FLORESTAS PLANTADAS
A produção de móveis na Serra tem uma cadeia de fornecimento de madeira, que é essencial para essa atividade, bem estruturada na região. Conforme o Sindimadeira, 100% do material, especialmente pinus, fornecido às indústrias moveleiras vem de florestas plantadas. São Francisco de Paula, na Região das Hortênsias, por exemplo, tem a maior área de pinus plantada no Rio Grande do Sul, e a segunda maior entre todas as florestas plantadas no Estado.
4. O DESENVOLVIMENTO DO SETOR CALÇADISTA
Se nos últimos anos boa parte da produção calçadista migrou do Rio Grande do Sul para o Nordeste, o tempo consolidou o Estado, especialmente o Vale do Paranhana, como uma espécie de central de inteligência do setor. Conforme a Abicalçados, o Vale do Paranhana e a Serra concentram mais de 600 empresas do setor, com 30 mil trabalhadores.
5. MOINHOS EM ALTA
A produção de farinha de trigo, para o processamento de massas, biscoitos, pães e bolos faz parte da tradição da região de colonização italiana. Conforme a Abitrigo, o Rio Grande do Sul, com mais de 30 moagens em funcionamento, responde por 15% da farinha produzida no País. Na Serra, estão quatro dos principais moinhos do Estado, respondendo por pelo menos metade da farinha produzida aqui.
6. A TERRA DA UVA E DO VINHO
É impossível falar da Serra sem mencionar a sua especialidade na produção de uvas e vinhos. Neste ano, conforme a Secretaria Estadual da Agricultura, foram colhidos 664,9 milhões de quilos de uvas em todo o Estado, que resultaram em 216,1 milhões de litros de vinho, 38,2 milhões de litros de suco de uva e 13,7 milhões de litros de espumantes. A Serra responde por pelo menos 85% dessa produção. O Estado é o maior produtor de uvas do País e responsável por 90% da produção nacional destinada ao processamento de vinhos, sucos e espumantes.
7. QUEIJOS E CHOCOLATES COM INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
Nos últimos anos, diversos setores econômicos da região, especialmente na área dos alimentos, têm mobilizado suas comunidades para a valorização dos produtos e das receitas exclusivas de cada localidade. Hoje, são sete produtos certificados com a indicação de procedência geográfica, e os resultados econômicos são imediatos. Os queijos serranos, por exemplo, tiveram alta de 50% nas vendas após a certificação, e os chocolates de Gramado, 10%.
8. CADEIA DO FRANGO
Assim como em outras regiões do Estado e do País, as gigantes do setor de frigoríficos também dominam a produção da industrialização do frango entre a Serra e o Vale do Caí. Ainda assim, a partir da produção local de aves, este é um setor estabelecido na região.
9. PRODUÇÃO DE LÁCTEOS É TRADIÇÃO
A região não figura entre as principais bacias leiteiras do Rio Grande do Sul, no entanto, a produção de leite, e principalmente de queijo, faz parte do cardápio da região, com a presença de grandes atores da economia local, como as cooperativas Santa Clara e Piá, com tradição centenária.
10. A TERRA DAS MAÇÃS
A região dos Campos de Cima da Serra tornou-se a terra das maçãs no Rio Grande do Sul. A produção da fruta neste ano chegou a 338 mil toneladas no Estado, que representa quase 70% da produção nacional, com 14,4 mil hectares plantados. Deste total, 8,5 mil hectares foram plantados entre Vacaria e Bom Jesus. As maçãs representam 90% das exportações de Vacaria.
11. O VALE DAS BERGAMOTAS
Entre as potencialidades da economia do Vale do Caí está o plantio da bergamota, e Montenegro é a capital da fruta no Rio Grande do Sul. Neste ano, os produtores do município plantaram 3,3 mil hectares e colheram 54 mil toneladas da fruta, que rende ainda maior valor agregado com produtos da indústria cosmética, a partir da essência da bergamota.
12. A INOVAÇÃO COMO MOTOR DA ECONOMIA
Em uma região marcada pelas grandes multinacionais do setor industrial, que mantêm no RS os setores criativos e de desenvolvimento de novos produtos, inovar é a palavra de ordem. O TecnoUCS, em Caxias do Sul, é um dos mais avançados polos de inovação do Rio Grande do Sul e, no Vale do Paranhana, os governos municipais têm fortalecido o ecossistema da inovação em conjunto com a Faccat.
13. O MAIOR POLO TURÍSTICO DO RIO GRANDE DO SUL
Uma das principais “indústrias” da região é o turismo, em todas as suas frentes. Do lazer, com a Região das Hortênsias recebendo até 9 milhões de pessoas por ano - injetando R$ 1,5 bilhão na economia -, até a aventura e o contato com a natureza. Tem ainda o potencial de feiras e eventos, o chamado turismo de negócios que, em Caxias do Sul, responde por 80% dos rendimentos do setor.
14. AEROPORTO, FERROVIAS E RODOVIAS
A região que teve o seu crescimento industrial, a partir da década de 1950, estimulado pelos investimentos em infraestrutura no País, com as melhorias em rodovias, hoje enfrenta limitações logísticas que chegam a representar 15% nos custos ao setor produtivo. Desta vez, as oportunidades para reduzir as perdas logísticas apresentam-se desde o ar, com o projeto de um novo aeroporto em Caxias do Sul, até a concessão de rodovias estaduais da região. Há demanda por um porto no Litoral Norte.