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MAPA ECONÔMICO DO RS

- Publicada em 01 de Dezembro de 2023 às 16:24

Mapa Econômico do RS aponta oportunidades para as regiões Metropolitana, Litoral, Vale do Sinos e Centro-Sul

Regiões Metropolitana, Vale do Sinos, Litoral e Centro-Sul vivem transformações nos serviços puxadas por parques tecnológicos; fábricas recebem investimentos focados em avanços ambientais

Regiões Metropolitana, Vale do Sinos, Litoral e Centro-Sul vivem transformações nos serviços puxadas por parques tecnológicos; fábricas recebem investimentos focados em avanços ambientais


TÂNIA MEINERZ/JC
Conheça 15 iniciativas que já se destacam entre as atividades econômicas ou têm projetos com potencial de alavancar o desenvolvimento econômico dessa parte do Rio Grande do Sul. Acesse a edição completa do Mapa Econômico do RS aqui.
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1. CENTRO DA INOVAÇÃO DO ESTADO
Com uma economia cada vez mais distante do cenário de grandes indústrias, Porto Alegre lidera um movimento de busca de soluções, e multiplica espaços com centros e parques tecnológicos de inovação aberta. A prefeitura de Porto Alegre contabiliza em torno de mil negócios inovadores na cidade. Na região, são mais de 30 hubs e parques tecnológicos, com destaque para Tecnopuc, Tecnosinos, Ulbratech, Feevale Techpark, Zenit, Instituto Caldeira e Parque Canoas de Inovação.
2. UM DOS MAIORES POLOS DE SAÚDE DO PAÍS
Porto Alegre tem uma rede de mais de 3 mil clínicas médicas e 34 hospitais, tendo 7 instituições entre as 100 melhores do País e uma entre as 20 melhores do mundo. Entre a Capital e as cidades próximas estão algumas das principais escolas de Medicina do Brasil. Porto Alegre concentra mais de 40% dos médicos do Rio Grande do Sul e está entre os dois maiores polos de saúde do Sul do Brasil, sendo uma das principais cidades com potencial para investimentos nessa área.
3. INDÚSTRIA METALMEC NICA E AUTOMOTIVA
Quando o Complexo Automotivo da General Motors iniciou sua produção em Gravataí, 23 anos atrás, transformou a economia local e fortaleceu um movimento que havia iniciado décadas atrás, com a migração das grandes indústrias dos setores metalmecânico e automotivo para os recém criados distritos industriais. Agora, com movimentos como a atração de uma fabricante de aviões a Guaíba, o chão de fábrica também é movido por inovação.
4. DO PETRÓLEO À REFINARIA
O conjunto formado entre o Terminal Petrolífero de Tramandaí e a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, garante boa parte da riqueza da região. Com capacidade de até 32 mil metros cúbicos de petróleo processado por dia, a Refap garantiu a Canoas arrecadação de R$ 1,7 bilhão de ICMS em 2022, ou 82% de toda receita industrial da cidade. A oportunidade está no avanço de projetos para “limpar” a produção da refinaria. A Petrobras anunciou um pacote de medidas que chegará a R$ 1,2 bilhão em cinco anos para que a Refap lance menos poluentes na atmosfera e produza diesel com maior percentual de matérias-primas renováveis, reduzindo o impacto ambiental.
5. PETROQUÍMICA, PLÁSTICO VERDE E A INDÚSTRIA QUÍMICA
Abastecido pela Refap, o Polo Petroquímico de Triunfo tem uma indústria que investe cada vez mais em produtos sustentáveis e tecnologia limpa. Está no complexo, por exemplo, na Braskem, a única planta de produção de eteno verde, a partir de matéria-prima 100% renovável, do mundo. É o chamado plástico verde. A indústria química, de borracha e plástico também está presente em municípios próximos, como Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Portão e Canoas.
6. INDÚSTRIA DE CELULOSE E FLORESTAS PLANTADAS
A multinacional chilena CMPC tem, em Guaíba, a planta que garante 50% de toda a sua produção de celulose. É considerada a maior indústria do Rio Grande do Sul e representa uma oportunidade para uma cadeia de fornecedores, que chegam a 540 no Rio Grande do Sul. A operação também demanda florestas plantadas, abrangendo dezenas de municípios gaúchos. O cenário futuro prevê a ampliação da produção, a partir de investimento de R$ 2,75 bilhões, com melhorais ambientais. A capacidade atual, que é de 2 milhões de toneladas de celulose por ano, será ampliada em 350 mil toneladas/ano. O complexo em Guaíba também fabrica papel.
7. VALE DO SINOS E A TRADIÇÃO COUREIRO-CALÇADISTA
A rastreabilidade e a garantia de processos industriais sustentáveis na trilha do couro à produção de um calçado cada vez mais fazem a diferença na prateleira. A tradição da região do Vale do Sinos ganha o traço da responsabilidade ambiental para seguir ocupando o posto de um dos três maiores núcleos calçadistas brasileiros.
8. ALIMENTOS E BEBIDAS CONQUISTAM MERCADOS
A proximidade com o maior centro consumidor do Estado é um fator na multiplicação de indústrias alimentícias em ramos como o de pães e massas. A produção está ganhando o mercado nacional. O setor de bebidas também é relevante, com unidades da Femsa (Coca-Cola) em Porto Alegre e Ambev em Sapucaia do Sul (Pepsi) e Viamão (cerveja).
9. ARROZ COM SELO DE PROCEDÊNCIA
Conforme o Irga, pelo menos 25% de todo o arroz produzido no Rio Grande do Sul está entre as planícies costeiras interna e externa, em relação à Lagoa dos Patos, e elas representam dois potenciais da região na produção do grão. Do lado interno, estão algumas das maiores produções do Estado, do externo, no Litoral, o arroz com selo de indicação de procedência, reconhecido como o de melhor qualidade do Estado.
10. DO FUMO À EXPANSÃO DA SOJA
Conforme a Afubra, a região Centro-Sul concentra parte do segundo maior polo produtor de fumo do Estado, e Camaquã está no centro desta produção, assim como do avanço da soja com grande eficiência no plantio. Entre o Centro-Sul e o Litoral, as culturas são diversas e as melhorias no manejo do solo garantem uma boa oportunidade de novos negócios.
11. O BOOM DA LOGÍSTICA
A Região Metropolitana é o centro das atenções de quem investe no e-commerce, que viveu seu boom durante a pandemia. A região é também o palco do avanço no novo perfil do varejo, com os atacarejos, e com a multiplicação das lojas multiplataformas. Todo este movimento exige cada vez mais proximidade entre o consumidor final e os depósitos de mercadorias. É o cenário ideal para a multiplicação dos centros e condomínios logísticos na região.
12. SANEAMENTO, PORTOS E O AEROPORTO DA CAPITAL
Com a meta de universalizar o tratamento de esgoto na Região Metropolitana até 2031, a PPP entre Corsan e Ambiental Metrosul garante um dos principais investimentos em infraestrutura na região. Os próprios rios transportam riquezas. Entre os rios Gravataí, Sinos, Caí, o Lago Guaíba e a Lagoa dos Patos, há uma rede de hidrovias com mais de 400 quilômetros, fundamental para escoar produtos industriais da região à exportação, a partir de Rio Grande. O potencial tem atraído investimentos como os projetos para um novo porto em Guaíba, e um porto marítimo em Arroio do Sal, no Litoral Norte. A região ainda tem o aeroporto de Porto Alegre, o principal do RS.
13. OS NOVOS VENTOS QUE FAVORECEM O LITORAL
Desde que foi instalado em Osório o primeiro parque eólico do Estado, em 2005, o empreendimento possibilitou uma transformação na economia local. Há parques eólicos em operação em Tramandaí, Osório, Palmares do Sul, Xangri-Lá e, para além do Litoral, em Viamão. Agora, a região do Litoral é uma das mais privilegiadas na onda de novos projetos bilionários para as instalações de parques eólicos na terra e no mar.
14. CONSTRUÇÃO CIVIL NO LITORAL E CAPITAL
Com o fim do embargo a novos projetos habitacionais nos principais municípios do Litoral, a perspectiva é de que a região, que registrou a maior taxa de crescimento populacional do Estado, com 25,8%, entre os censos de 2010 e 2022, seja o principal campo de oportunidade para empreendimentos residenciais e de serviços, como educação e saúde. O mercado também está aquecido em Porto Alegre, com aceleração de licenciamentos e muitos projetos imobiliários em construção em áreas nobres.
15. TURISMO REFORÇA O NOVO PERFIL DA ECONOMIA DA REGIÃO
Porto Alegre está entre os três principais destinos do País para eventos, congressos e negócios. A lição de casa que a cidade começa a cumprir e tem a oportunidade de aprimorar está na qualidade das atrações que garantam a permanência deste turista por mais tempo na região. Um esforço que inclui roteiros de lazer inclusive fora da Capital.