As sugestões de
empresários da Capital e prefeitos de cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) à
retomada da cogestão do distanciamento controlado, que deverá ser formalizada pelo Executivo gaúcho nesta sexta-fera (19), passando a vigorar na segunda-feira (22), já foram apresentadas ao governador Eduardo Leite.
Alinhavadas desde terça-feira (16), em reuniões entre entidades representativas de segmentos como eventos, comércio e serviços, as principais demandas referentes à flexibilização de atividades neste
pior momento da pandemia foram destacadas ao chefe do Executivo pelo presidente do Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), Rodrigo Battistella, e por gestores municipais que integram o colegiado, entre eles o prefeito da Capital, Sebastião Melo.
No encontro virtual, que iniciou por volta das 18h e durou pouco mais de uma hora, foi reiterada a intenção do grupo de contar com liberações mas amplas de horários e de teto de ocupação de público e trabalhadores nos estabelecimentos, para atender às peculiaridades da população da RMPA. Na quarta-feira (17),
lideranças de entidades representativas já haviam se manifestado nesse sentido. O grupo, na mesma linha do que
defende o prefeito Melo, tem enfatizado que o agravamento da pandemia não está ligado ao funcionamento dos comércios e abertura de atividades nessas cidades, mas sim às aglomerações desnecessárias e falta de conscientização dos cidadãos.
Segundo Battistella, a intenção foi levar as considerações a tempo de serem abordadas na reunião do Gabinete de Crise, que ocorre na manhã de sexta (19). À tarde, antes do anúncio oficial de Leite, as alterações na cogestão serão apresentadas aos membros da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). "Nosso discurso foi no sentido de seguir o modelo de cogestão estadual, porém com alguns complementos em relação a horários e funcionamento de atividades, de acordo com o que percebemos nos nossos municípios", disse o presidente da Granpal, prefeito de Nova Santa Rita.
Além de reforçar a necessidade da cogestão ser permanente, evitando novas suspensões em decorrência da bandeira preta, prefeitos querem ampliação do funcionamento dos mercados e supermercados até 22h, para evitar as aglomerações notadas nos últimos dias, em que estão aptos a operar apenas até 20h.
As novas regras da cogestão deverão mesclar flexibilizações permitidas na bandeiras vermelha e restrições da preta, permitindo alguns avanços na economia, com afrouxamento de atividades diurnas, mas manutenção da rigidez nas normas noturnas.