A base aliada do futuro governador Eduardo Leite (PSDB) na Assembleia Legislativa contará com os três deputados do PSB, que aprovou ontem o ingresso do partido no governo tucano. A decisão, somada ao apoio do MDB definido na segunda-feira e dos partidos coligados em primeiro e segundo turnos, dará a Leite uma base formada por 32 parlamentares. O número ultrapassa a chamada maioria qualificada - 28 votos -, necessária para aprovação de leis complementares, e fica a um deputado do necessário para aprovar emendas à constituição - 33 votos.
A participação do PSB no governo tucano contará com a contrapartida de pelo menos uma secretaria. O presidente estadual da sigla e deputado federal reeleito José Stédile, explica que, quando fez o convite à legenda, Leite perguntou qual participação o partido esperava ter na gestão. "Solicitamos espaço no núcleo de decisão do governo, para que pudéssemos participar do que está sendo debatido", disse.
O PSB participou dos quatro anos da gestão de José Ivo Sartori (MDB), apoiando a tentativa de reeleição do atual governador. Hoje,a legenda é titular na Secretaria de Obras, com Rogério Salazar, e indicou Stédile para o ocupar o cargo no futuro governo. "Leite fez a proposta e aguardava uma resposta. Confirmamos (a participação no governo) e indicamos o nome", pontuou Stédile.
Se confirmado, será o terceiro cargo do primeiro escalão de Leite vindo de partidos aliados - o governo já conta com Otomar Vivian (PP) na Casa Civil e Artur Lemos (PSDB) na Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura. Segundo Stédile, o PSB também tem interesse em participar da direção da Emater, "por termos relação forte com a agricultura familiar", possibilidade apresenta por Leite.
O presidente do PSB explica ainda que a falta de apoio na votação do projeto que manteve por mais dois anos o aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) - Elton Weber votou contra e Liziane Bayer não compareceu à sessão - já era de conhecimento de Leite. Em 2015, quando a proposta foi votada pela primeira vez, os parlamentares assinaram um documento se comprometendo em não aprovar nova majoração. "Foram leais ao que assinaram, assim como serão ao governo", finalizou Stédile.