Com o objetivo de auxiliar na formulação da Política Nacional de Transição Energética (PNTE), o Ministério de Minas de Energia fez uma seleção de representantes da sociedade civil para composição do plenário do Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte). Uma das associações escolhidas para fazer parte do grupo é a Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (MESol), coordenada pela professora do curso de Engenharia de Gestão de Energia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Aline Pan.
Ela detalha que o fórum tem um caráter consultivo e permanente e frisa que, através do mecanismo, o governo reúne os agentes do setor e do segmento produtivo para propor soluções para o tema da transição. O mandato dos participantes será de dois anos e a suplente de Aline é a pesquisadora Kathlen Schneider.
A professora da Ufrgs explica que, apesar de cada instituição selecionada ter uma cadeira específica (a MESol, por exemplo, tem o foco na atuação das mulheres no setor de energia), os componentes do fórum poderão tratar de qualquer assunto, como petróleo, gás, carvão, biocombustíveis e outros. “A gente vai discutir entre todos, tudo”, enfatiza Aline.
A integrante da MESol sustenta que para haver uma transição energética de fato, ela precisa ser justa e inclusiva. “Para que a gente pense de verdade em todas as estruturas sociais e econômicas sustentáveis”, ressalta a professora. Ela frisa que o objetivo é propor ideias, monitorar a situação da transição, sugerir aprimoramentos, entre outras ações.
Aline também faz parte de uma lista de 400 mulheres elaborada pela iniciativa "Sim, Elas Existem", que promove a igualdade de gênero no setor de energia. Esse documento foi entregue recentemente ao governo federal indicando nomes aptos a ocuparem cargos políticos no segmento elétrico. Essas profissionais podem, por exemplo, preencher funções de diretoria de agências reguladoras, entre outras atividades.