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Geral

- Publicada em 05 de Setembro de 2018 às 16:09

Exército assume dois lotes da duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul

Metade da obra está parada em função do contingenciamento de verbas do Governo Federal

Metade da obra está parada em função do contingenciamento de verbas do Governo Federal


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Paulo Egídio
O Exército Brasileiro vai assumir dois lotes da duplicação da BR-116 no Estado. O contrato com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) deve ser assinado ainda em setembro, mas os trabalhos na obra serão retomados apenas em 2019. Os 50,8 quilômetros repassados aos militares ficam entre os municípios de Guaíba e Tapes.
O Exército Brasileiro vai assumir dois lotes da duplicação da BR-116 no Estado. O contrato com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) deve ser assinado ainda em setembro, mas os trabalhos na obra serão retomados apenas em 2019. Os 50,8 quilômetros repassados aos militares ficam entre os municípios de Guaíba e Tapes.
Conforme o tenente-coronel Daniel Gonçalves, do 4º Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS), o acordo com o Dnit já está encaminhado, e o Exército vai mobilizar 300 homens, vindos dos Batalhões Ferroviários de Lages (SC) e Araguari (MG). “Depois da assinatura (do termo), que deve ser ainda neste mês, será feira a licitação para a compra de materiais e outros serviços, em um prazo de 90 dias”, projeta Gonçalves.
O Grupamento estimou em R$ 200 milhões a verba necessária para a conclusão dos dois trechos. A partir do início da obra, a previsão é da entrega em até 44 meses. Esse prazo inclui obras paralelas previstas como a construção de viadutos e a drenagem, e a sinalização horizontal e vertical.
A proposta de repassar ao Exército os trabalhos dos lotes 1 e 2 saiu do próprio Dnit em março. Ambos os lotes estavam sob responsabilidade do consórcio Constran S/A, que faz parte do grupo UTC. Como está em recuperação judicial, a empresa não apresentou as garantias necessárias para dar continuidade ao contrato.
De acordo com a superintendência do Dnit no Rio Grande do Sul, o plano de trabalhos das obras ainda está em elaboração junto ao Exército, e o rompimento do contrato com a Constran está sendo analisado pela direção do órgão, em Brasília.
Como o Jornal do Comércio mostrou recentemente, a duplicação do trecho Sul da BR-116 está com metade da obra parada, em função do contingenciamento de verbas do governo federal, e não tem previsão para conclusão. Segundo o Dnit, 61,03% do empreendimento já foi concluído, mas quatro lotes estão com obras paradas e os trabalhos estão em ritmo lento em um dos trechos em andamento.
Diante deste cenário, o Exército deixa em aberto a possibilidade de assumir outros trechos em que a obra é dividida – ao todo, são nove. “O futuro a Deus pertence. Isso depende de outros fatores fora da nossa alçada. Vamos começar com esses e ver o que acontece”, diz o tenente-coronel Gonçalves.
Principal ligação entre a Região Metropolitana de Porto Alegre e o porto de Rio Grande, a rodovia é fundamental para o escoamento da produção agrícola e industrial do Rio Grande do Sul. De acordo com um levantamento publicado em abril deste ano pelo Escritório de Desenvolvimento Regional da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a conclusão da duplicação da BR-116/Sul vai gerar um incremento diário de R$ 2 milhões para a economia do Rio Grande do Sul, com o crescimento da receita com produção e serviços e a diminuição do custo logístico.
As obras nos 211,22 quilômetros da via começaram em 2012 e, de acordo com a previsão inicial, terminariam em 2015. Entretanto, com os déficits sequenciais do governo central, as verbas para o empreendimento foram retidas, o que causou diversas paralisações e o consequente atraso na entrega da duplicação.
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