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Editorial

- Publicada em 10 de Março de 2021 às 03:00

As perdas do setor do turismo no Brasil e a pandemia

O turismo brasileiro perdeu R$ 55,6 bilhões em faturamento em 2020, em comparação ao ano anterior. Isso foi o que apontou pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O resultado de R$ 113,2 bilhões foi a pior receita desde que a entidade começou a fazer o estudo, em 2011, e representou um tombo de 33% em comparação com o que o setor faturou em 2019.
O turismo brasileiro perdeu R$ 55,6 bilhões em faturamento em 2020, em comparação ao ano anterior. Isso foi o que apontou pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O resultado de R$ 113,2 bilhões foi a pior receita desde que a entidade começou a fazer o estudo, em 2011, e representou um tombo de 33% em comparação com o que o setor faturou em 2019.
Principal impactado pelas medidas de restrição de circulação de pessoas no início da pandemia, o setor aéreo encabeçou o desempenho negativo, perdendo 50,8%, do faturamento anual em 2020. Foi, sozinho, responsável por 16,2 pontos percentuais da retração de 33% do turismo como um todo. No auge da crise da Covid-19, a oferta de assentos nos aviões chegou a cair 95%, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Depois das companhias aéreas, foram os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas, que registraram a maior queda no faturamento, 36% menor em comparação a 2019. Tudo resultado da pandemia e dos meses em que as pessoas ficaram em quarentena no ano passado.
Em seguida, os setores turísticos que mais sofreram foram as atividades culturais, recreativas e esportivas, que viram o faturamento cair 27,6%; as empresas de transporte terrestre, com 12,9%; assim como as locadoras de veículos e agências de viagens, que registraram queda de 12,1%.
O problema confirma retração expressiva, encerrando período de três anos positivos para o turismo brasileiro, com média de crescimento do faturamento anual de 1,8%. Em 2017, o setor fechou suas receitas em R$ 162,6 bilhões, sendo que, dois anos depois, faturou um total de R$ 168,8 bilhões. O melhor ano da série histórica foi 2014, quando o turismo teve R$ 187,7 bilhões em faturamento.
A recuperação, a partir de 2017, vinha depois de um biênio ruim entre 2015 e 2016, mas o turismo se apoiava principalmente no crescimento médio de 4,3% ao ano registrado do início da série histórica até 2014.
Ainda segundo a Fecomercio-SP, se esse ritmo continuasse até hoje, o setor já estaria faturando na casa dos R$ 230 bilhões por ano, 103% a mais do que o registrado em 2020. São dados que mostram, mais uma vez, que a pandemia tem que ser combatida fortemente, agora com a vacinação em massa.
Economia e saúde, saúde e economia não são compartimentos estanques. Assim, é importante manter a preocupação sanitária em prol da vida de milhares de brasileiros. E dar socorro a setores afetados até a retomada da economia.
 
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