Pela primeira vez desde que a expansão da unidade da CMPC Celulose Riograndense foi concluída, em 2015, o complexo completou 12 meses inteiros (de novembro de 2017 a novembro deste ano) com operação à plena capacidade. Com isso, a fábrica produziu cerca de 1,8 milhão de toneladas de celulose.
A estrutura de Guaíba deve encerrar 2018 com um volume de produção 60% superior ao de 2017. A expansão da fábrica absorveu em torno de R$ 5 bilhões em investimentos e permitiu quadruplicar a capacidade. Além de celulose, a CMPC pode produzir até 60 mil toneladas de papel ao ano no Rio Grande do Sul.
Harger destaca que a ideia de introduzir o sistema Lean (que se difundiu a partir de práticas da Toyota, priorizando uma produção enxuta e de combate aos desperdícios) na planta gaúcha tem avançado bastante desde que iniciou, em julho. O executivo detalha que o projeto foi dividido em três etapas, que deverão ser concluídas em 2020, quando todas as áreas da empresa estarão inseridas nesse modelo de disciplina operacional e melhora contínua.
Harger tem uma expectativa positiva para o próximo ano. Entre os motivos para esse otimismo, o executivo cita que existem muitas regiões do mundo que estão em desenvolvimento, o que aquece a demanda do setor em segmentos como fraldas descartáveis, papel higiênico, guardanapos, embalagens de compras feitas pela internet etc. O dirigente informa que o crescimento da demanda mundial de celulose em 2018 é na ordem de 2,2% e a tendência é que o próximo ano siga no mesmo ritmo.
Atualmente, mais de 90% da produção da planta de Guaíba é exportada. No Rio Grande do Sul, a CMPC possui 914 hortos, em 57 municípios. São 324 mil hectares, sendo 170 mil hectares voltados para o plantio de eucaliptos e 154 mil hectares destinados à área de preservação permanente e para reserva legal. Desse total, 92% são plantações próprias e 8% através de parcerias. São em torno de 6 mil empregos diretos e de terceirizados permanentes gerados pela companhia no Estado.