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Empresas & Negócios

- Publicada em 03 de Janeiro de 2022 às 03:00

Ainda há espaço para outras fintechs no Brasil?

Que o Brasil é um mercado especialmente interessante para as fintechs, tanto pelo tamanho da população, quanto pelo fato de que o setor financeiro tradicional não consegue atingir boa parte dos indivíduos, a maioria das pessoas sabem. Mas além disso, há outros fatores que tornam o Brasil um dos países mais atrativos para as startups financeiras. Para começar, qual é o tamanho do mercado aqui? Segundo o Banco Central, no primeiro semestre de 2021, havia cerca de 34 milhões de desbancarizados no país, movimentando em torno de 800 milhões de reais fora dessas instituições.

Que o Brasil é um mercado especialmente interessante para as fintechs, tanto pelo tamanho da população, quanto pelo fato de que o setor financeiro tradicional não consegue atingir boa parte dos indivíduos, a maioria das pessoas sabem. Mas além disso, há outros fatores que tornam o Brasil um dos países mais atrativos para as startups financeiras. Para começar, qual é o tamanho do mercado aqui? Segundo o Banco Central, no primeiro semestre de 2021, havia cerca de 34 milhões de desbancarizados no país, movimentando em torno de 800 milhões de reais fora dessas instituições.

Ficar à margem do sistema bancário tradicional sempre foi uma realidade para boa parte dos brasileiros, até que passamos por um movimento parecido com o que ocorreu em outras partes do mundo, como Europa e Estados Unidos. Isso porque as instituições tradicionais não conseguiram se adaptar rapidamente às mudanças que o público queria e consequentemente abriram espaço para o nascimento e crescimento das fintechs, que chegaram com uma proposta mais ágil, barata e visando a satisfação dos clientes. E é por isso que cada vez mais elas estão se destacando no mercado brasileiro.

Não à toa, de 2015 a 2021, o número de startups financeiras mais do que dobrou, saindo de 474 empresas para cerca de 1,1 mil neste ano, segundo o ecossistema Distrito. Ainda de acordo com o relatório "2021 Global Fintech Rankings", produzido pela Findexable em parceria com a Mambu, o Brasil se consolidou ainda mais como um dos grandes ecossistemas de fintechs mundialmente, alcançando a primeira posição da América Latina. Esse crescimento, inclusive, despertou um novo movimento entre as instituições, que agora ao invés de concorrer, buscam fazer parcerias ou investimentos nessas startups financeiras.

Ainda para dimensionar a abrangência das fintechs por aqui, de acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), o segmento é o segundo em quantidade no país, onde 5,96% estão em operação. Mas com tanta concorrência surgindo no país queridinho das fintechs, será que ainda há espaço para competição? É bastante plausível falar que este é um mercado muito atrativo para investimentos e que está em constante expansão. Por isso, não dá para afirmar que uma retração do setor se tornaria realidade em 2022, já que ainda existem muitas dores para serem solucionadas e que estão diretamente relacionadas aos serviços financeiros.

Por isso, para o próximo ano, o país pode se preparar para vivenciar uma nova disseminação e aplicação de tecnologias financeiras ainda mais sofisticadas oferecidas em soluções que visam tanto o mercado de pessoas físicas quanto o de pessoas jurídicas. Vale ressaltar também que muitas fintechs já nascem com a estruturação baseada em valores que frisam o engajamento em projetos sociais, sustentáveis ou que promovam a diversidade, pontos que acabam se tornando exigência dos consumidores conscientes. São pontos de atenção aos quais muitos bancos tradicionais ainda lutam para se adaptar enquanto as fintechs já surgem com esses propósitos.

Atualmente, as fintechs já conseguem atingir uma grande parcela da população que não tinha acesso aos serviços bancários e financeiros. Com a chegada do Pix e do Open Banking, por exemplo, muitos caminhos vão se abrir, isso sem falar no alto potencial no mercado de criptomoedas. Entretanto, a concorrência aumentará e as empresas terão que ser cada vez mais eficientes e estar cada vez mais antenadas às mudanças relacionadas aos clientes e ao mercado.

Sendo assim, fintechs mais novas no mercado como a Speedyio terão que se adaptar às exigências dos consumidores no próximo ano, trazendo maior qualidade e diversificação no serviço. Haverá espaço sim, mas a competição também se fará cada vez mais presente. Entre centenas de fintechs no Brasil, tornar-se Provedora de Serviços de Pagamento (PSP), focada em e-commerces e ainda oferecer transações internacionais podem ser exemplos de diferenciais para 2022, assim como a própria Speedyio já está planejando. Cada vez mais o consumidor exige afinidade com as marcas. Consequentemente, os players que oferecerem facilitadores pensados para as necessidades de seu público-alvo vão se destacar em meio a concorrência.

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