O número de domicílios no Rio Grande do Sul aumentou 25,6% entre 2010 e 2022. O número contrasta com o crescimento da população, que foi de apenas 1,8%. Segundo o Censo Demográfico de 2022, quase um quarto das moradias (22,3%) eram ocupadas por apenas um indivíduo no RS. No Brasil, o percentual era de 18,9%. Os dados reforçam a tendência de lares menores, especialmente no Estado: se em 2010 a média de moradores em domicílios particulares ocupados era de 3,64, em 2022, ela atingiu 2,54.
A análise está presente na publicação Cadernos RS no Censo 2022 – Domicílios, divulgado nesta quarta-feira (16) pelo governo estadual. Elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), o volume dá continuidade à série que divulga os principais dados do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A equipe técnica do trabalho é formada pelos pesquisadores Mariana Pessoa, responsável pela coordenação, e André Augustin.
O material apresenta dados e informações do censo relacionados ao Rio Grande do Sul através de gráficos, tabelas e textos. Além do resultado geral para o Estado, são apresentados os principais destaques municipais. Os cadernos serão produzidos conforme os dados sejam divulgados pelo IBGE, o que ocorrerá ao longo dos próximos anos por temas. A edição de estreia, lançada em dezembro de 2024, trouxe informações sobre a população gaúcha.
O recente trabalho do DEE destaca que, no Rio Grande do Sul, 88% dos domicílios permanentes ocupados estavam em áreas urbanas, percentual ligeiramente menor do que a média nacional, que é de 83,3%. Em 2022, cinco municípios no Estado possuíam 100% dos domicílios em área urbana, quatro deles localizados na Região Metropolitana de Porto Alegre (Alvorada, Cachoeirinha, Canoas e Esteio) e um no Litoral (Imbé).