Estão expostas as feridas abertas pela nossa complacência com o crime dos nossos líderes políticos.
A disseminação de uma suposta diferenciação ideológica fez surgir torcidas rivais e antagônicas que legitimam os atos ilícitos daqueles a quem seguem, independentemente do mal que causam.
Amparados pela irracionalidade das redes sociais, os políticos brasileiros arregimentam o ódio coletivo, um movimento incapaz de reflexionar sobre valores humanos mínimos, que eles deveriam seguir.
A irrelevância das diferenças partidárias foi desvendada por uma sucessão de investigações de toda ordem, em várias instâncias e lugares do País, entre as quais a Operação Lava Jato é a que mais se destaca.
Sutilezas como o tamanho do roubo ou a temporalidade das punições servem de pretexto para o surgimento de teorias conspiratórias e de protestos esquizofrênicos que têm o único propósito de abafar a punibilidade dos corruptos e manter as militâncias em estado de euforia.
O pleito que se aproxima deve apresentar ao eleitor um novo tipo de polaridade inusitada: de um lado, os que se dizem perseguidos pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelos juízes de primeira instância, pelos tribunais de segunda instância e pelos tribunais superiores; e de outro, aqueles que nada devem e nada temem, porque não utilizaram o dinheiro do povo para projetos de poder e ambições pessoais.
Que sejamos todos sábios para jamais votarmos nos partidos e nos políticos que dilapidaram o dinheiro público.
A conivência e a cumplicidade com esse tipo de agentes públicos não combinam com cidadãos que aspiram por um País mais justo e melhor para todos.
Bancário