Condenado em segunda instância pela Justiça, e às voltas com uma prisão iminente, Lula (PT) ataca quem produz alimentos e prega a luta de classes. Não abandona o odiento discurso do "nós" contra "eles" - que dividiu a Nação e arrastou o País para a mais grave crise econômica, política e moral de sua história. Em sua infeliz passagem pelo Rio Grande do Sul, Lula bradou para uma claque amestrada que os produtores rurais têm dois prazeres: pegar dinheiro do governo e não pagar.
Além de chamar os agricultores de caloteiros, o chefe do maior escândalo de corrupção do Ocidente mostrou que não aprendeu a separar o público do privado. Disse que "deu" dinheiro aos produtores - como se o dinheiro público que os bancos emprestam fosse dele ou do seu partido, e não estivesse garantido pelo patrimônio dos tomadores. Quem não paga a dívida, perde o trator, a colheitadeira ou a terra. Mas, verdade seja dita, de calote Lula entende.
O seu governo emprestou bilhões de dólares para Cuba, Venezuela e países da África - que nunca pagaram. Emprestou bilhões de reais do Bndes para empreiteiras e outras empresas - que jamais devolverão esses recursos. Foi o agronegócio que salvou o Brasil da insolvência nos terríveis anos de governo Dilma. Em meio à maior recessão de todos os tempos, o campo foi o único setor que cresceu, gerou empregos e garantiu saldos positivos na balança comercial. Afinal, o Brasil é o maior exportador de soja e de carne de frango do mundo; grande exportador de carne bovina, de café, de frutas e de algodão. O campo contribui com 23% do PIB brasileiro, emprega 19 milhões de trabalhadores, e gera R$ 600 bilhões para a economia. Os ingredientes das "quentinhas" que em breve alimentarão Lula em Curitiba virão de onde? Do campo, com certeza. Além de ingrato, Lula não tem moral para criticar os produtores rurais. O melhor que pode fazer é calar-se.
Deputado estadual (PP)