A demolição do Ginásio da Brigada Militar (BM), parcialmente destruído depois de um temporal em outubro de 2017, teve início na quarta-feira. A empresa AMG Construtora fechou contrato com o governo do Estado, com dispensa de licitação, para fazer a retirada das telhas sobressalentes e para a demolição das paredes laterais.
De acordo com o chefe do Centro de Obras da BM, major Daniel Paulo Lopes, a prioridade é remover as partes que oferecem risco à população. "Pode ter um vendaval e derrubar aquelas paredes mais altas. Já tivemos sorte que as telhas que voaram não caíram em cima de ninguém", comenta.
A equipe do major Lopes trabalha na obra desde o dia do vendaval. Em uma primeira etapa, a corrente elétrica do ginásio foi removida, a fim de evitar choques. Depois, deu-se início à retirada das telhas, com auxílio da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. No entanto, o caminhão não alcançava todas as telhas, e a remoção das que restaram ficou a cargo da empresa contratada. A BM estima que, até esta sexta-feira, essa primeira etapa esteja concluída.
A empresa tem 60 dias para concluir os trabalhos. A parte mais complicada, na opinião do major, será a remoção das paredes laterais, chamadas de "oitões". A parte do ginásio que fica do lado da rua Silva Só é, atualmente, a que mais oferece risco. "A ideia é fazer a demolição de modo que não caia nada para fora do ginásio", relata major Lopes. Quando tudo estiver demolido, a empresa contratada ainda fará a remoção e o descarte responsável da caliça. As arquibancadas e o restante da estrutura, no entanto, não serão demolidos, e caberá ao comprador do terreno decidir o que fazer.
Os envelopes da licitação que envolve a venda desse terreno e do da Academia do Corpo de Bombeiros foram abertos no final de março, sem interessados. Segundo a Secretaria Estadual de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos, o secretário Raffaele Di Cameli, juntamente ao Comitê de Gestão de Ativos, está avaliando uma nova estratégia de venda, mas ainda não há nada definido.