Vinícius Spindler
Não é novidade para ninguém que o avanço tecnológico mudou de forma significativa a forma como as pessoas consomem informação. Ampliaram-se os canais, cresceu o volume de informação que circula e aumentou a velocidade com que ela chega a cada um de nós. Um aspecto, entretanto, não mudou: a imprensa e o jornalismo profissional continuam sendo as fontes de informação mais confiáveis. Estar presente na mídia tradicional, portanto, continua fazendo toda a diferença para instituições e negócios de todos os segmentos.
Uma pesquisa realizada pela agência de inteligência de dados Ponto Map e pela V-Tracker, que monitora as redes sócias, mostrou que o rádio, com 81%, a TV fechada, 75%, a TV aberta, com 70%, e os veículos impressos, com 68%, e portais de notícia, com 59%, figuram como as mídias mais confiáveis para consumir informação, à frente do Whatsapp, blogs, redes sociais e influenciadores digitais, nessa ordem.
O temor de que as novas tecnologias poderiam suprimir o jornalismo profissional, portanto, não vem se confirmando. Ocorre que, ainda que haja muita desinformação, boa parte do público entende que há dificuldade em verificar a veracidade de uma informação quando a notícia não vem de uma fonte comprometida com a checagem e apuração dos fatos. Com o avanço tecnológico e da inteligência artificial, a tendência é de que essa dificuldade aumente. Afinal, a internet aceita tudo.
Na mesma proporção, deve aumentar a importância do jornalismo profissional, conferindo credibilidade a fontes, informações e fazendo o trabalho fundamental de separar o joio do trigo. Como sempre fez.
Jornalista e diretor da Spindler Comunicação
Jornalista e diretor da Spindler Comunicação