Não tenho nenhuma dúvida que a área da Educação deva ser a maior preocupação de um governo. Sem educação a população não evolui, o País não se desenvolve, a pobreza desponta e a criminalidade avança. Para se obter uma realidade oposta a isso, é preciso que os professores, peças-chave do processo, sejam prestigiados, valorizados, com salários condizentes a sua importância. É preciso que as escolas tenham boa estrutura física, sejam equipadas, conservadas, o que infelizmente não ocorre neste país chamado Brasil. Temos em grande parte, escolas públicas sucateadas, poucas verbas, falta de professores e salários defasados e parcelados.
Não consigo entender porque uma categoria dona da nobre missão de ensinar o próximo, que forma a sociedade, é tratada da forma como é pelos nossos governantes brasileiros. Em países como a Finlândia, o Japão, a Coreia do Sul e outros, o professor está no ápice da pirâmide das classes profissionais. Como resultado desse respeito, uma sociedade pujante, civilizada, desenvolvida, com uma economia sadia e baixos índices de violência. Está claro que o futuro para o Brasil de hoje, assolado pelo crime e pela corrupção, instável na política, com os jovens abandonando a escola e sendo cooptados para o tráfico, sem perspectivas de bons empregos, seguirá num triste e irrecuperável quadro, se não for o planejamento e implementação urgente de uma política educacional ampla e eficiente, desde a educação infantil, com sintonia e reflexo nas esferas estadual e municipal, que seja equiparada em todas as regiões do território nacional. Dentro disso, propor e assegurar remuneração e condições de trabalho dignos para aqueles sem os quais nada seríamos, os nossos professores. A tudo de bom e produtivo que já foi e está sendo feito pelos profissionais da área, em nível particular ou público, que por ela tanto se sacrificam; pelo Ministério da Educação, pelas secretarias, coordenadorias e conselhos, aplausos, mas é preciso fazer mais para mudarmos de patamar e transformarmos o Brasil em um país educado, mais justo e menos violento.
Vereadora de Porto Alegre (PP)