O governador Eduardo Leite (PSDB) rebateu nesta terça-feira (9) as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que criticou o governo gaúcho em uma entrevista ao jornalista José Luiz Datena. Bolsonaro insinuou que Leite teria colocado em dia o salário dos servidores públicos com recursos enviados pelo governo federal para o combate à Covid-19. O salário dos servidores
estava atrasado há 57 meses.
Em entrevista por telefone ao programa Brasil Urgente, Bolsonaro disse: “Tem estados, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, que estava com quase três meses atrasado (na verdade, 57 meses) a folha de pagamento. O governador Leite colocou em dia essa folha de pagamento e se esqueceu da Saúde. Vários estados colocaram suas contas em dia com recursos que eram para a Saúde”.
O presidente também criticou os gestores – principalmente, os governadores – que desaprovam a atuação do governo federal no combate à Covid-19. “A despesa do governo federal com Covid-19, no ano passado, foi de R$ 700 bilhões. Então, para quem está nos criticando, eu pergunto: para onde foi o dinheiro que foi para o seu estado?”
Em um vídeo postado em sua conta no Twitter, Leite explicou que o salário do funcionalismo foi colocado em dia devido às reformas aprovadas pela gestão tucana em 2020. “O salário dos servidores e pagamento aos fornecedores foram colocados em dia porque tivemos a coragem de promover as mais profundas reformas, em pelo menos 30 anos. Diminuímos em mais de R$ 700 milhões a despesa com a folha de pagamento, fazendo a mais consistente Reforma da Previdência entre todos os estados e uma reforma administrativa que cortou benefícios de servidores de todos os poderes – como o senhor presidente da República não teve coragem de fazer no plano federal”.
Também fez um desafio a Bolsonaro: “Senhor presidente, pelo menos, tenha a coragem de aceitar o desafio de dizer, afinal, qual dinheiro que foi enviado (pela União) para a Saúde e não foi aplicado na Saúde?” Leite complementou, relatando que o Rio Grande do Sul aumentou em 130% o número de leitos hospitalares de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).