Seis regiões do Rio Grande do Sul entram em bandeira vermelha no distanciamento controlado a partir da meia-noite desta terça-feira (30): Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Passo Fundo e Santo Ângelo. Já as regiões de Caxias do Sul, Erechim e Palmeira das Missões tiveram recursos deferidos e mantêm as restrições da bandeira laranja - ao invés de vermelha, anunciadas preliminarmente na sexta-feira (26)-, junto com outras nove regiões. Taquara e Bagé são as únicas regiões com bandeira amarela no Estado.
De acordo com o governo do Estado, foram analisados 67 recursos de municípios e associações, que determinaram a nova configuração da oitava rodada do mapa do distanciamento controlado, que valerá de 30 de junho a 6 de julho. Foram indeferidos recursos das regiões de Canoas, Santo Ângelo e Passo Fundo, que ficam na bandeira vermelha.
Pesaram para a decisão de manter as regiões de Caxias do Sul, Erechim e Palmeira das Missões em bandeira laranja os dados apresentados pelos municípios nos recursos. Caxias, por exemplo, estabilizou o número de internações em leitos de UTI e reduziu as hospitalizações. Já a região de Erechim reduziu os registros de óbitos e hospitalizações e melhorou a proporção entre casos e pacientes recuperados, enquanto que a de Palmeira das Missões teve óbitos e hospitalizações reduzidos e manteve estabilidade nas internações em leitos de UTI.
Dos 167 municípios que compõem as seis regiões com bandeira vermelha, 91 cidades não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 nos últimos 14 dias, e poderão adotar protocolos previstos na bandeira laranja, se assim os prefeitos desejarem.
As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa, por entrarem na segunda semana consecutiva em bandeira vermelha, não poderão ter redução de bandeira na próxima semana, mantendo mais um período sob risco alto no distanciamento controlado. Ao comentar a nova configuração do mapa, o governador Eduardo Leite reiterou que o modelo é colaborativo e aberto ao diálogo com prefeitos e setores, com o intuito de equilibrar a proteção à vida e a atividades econômicas. "Nosso objetivo é evitar o esgotamento da capacidade hospitalar, ressaltou.
Leite destacou ainda que 5,7 milhões de gaúchos estão em regiões com bandeira vermelha, metade da população, e alertou que os cuidados devem permanecer, para evitar uma piora nos indicadores, que poderá acarretar medidas mais severas ainda, como adoção de bandeira preta e até um eventual lockdown. "Se as pessoas esperam que possam retornar em breve para abandeira laranja, é muito importante levar a sério as restrições de agora", finalizou.
Populações total e em regiões de bandeira vermelha:
• Total no RS: 11.329.605
• Em regiões de bandeira vermelha: 5.712.676 (50,4%)
• Em municípios enquadrados na regra zero óbito/zero hospitalização: 495.180 (4,4%)
• Com restrições de bandeira vermelha: 5.217.496 (46,1%)