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Sanidade Animal

- Publicada em 09 de Dezembro de 2022 às 14:43

Brasil reforça protocolos para barrar entrada da influenza aviária

Unidades produtoras adotam controle rígido para evitar ingresso do vírus na cadeia avícola nacional

Unidades produtoras adotam controle rígido para evitar ingresso do vírus na cadeia avícola nacional


Wenderson Araujo/Trilux/CNA/JC
A identificação de focos de influenza aviária no Equador, no Peru, no Chile, na Venezuela e na Colômbia levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) a adotarem medidas para fortalecer a sanidade dos plantéis de aves pelo País. O órgão e a entidade divulgaram nesta quinta-feira (8) novos protocolos para o setor, que incluem desde a suspensão de todas as visitas a granjas, frigoríficos e demais estabelecimentos da avicultura até a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias para monitorar a circulação viral.
A partir das orientações, apenas quem trabalha direta e exclusivamente em cada unidade produtiva deve ter o acesso autorizado aos locais. A recomendação vale, independente do cumprimento de "vazios sanitários" – medidas anteriormente adotadas, em que o profissional proveniente de outros países cumpria um período de quarentena para atestar ausência de qualquer contaminação.
“A primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação da doença”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Marcos de Moraes.
A ABPA mantém campanha massiva de prevenção e tem recomendado aos avicultores uma série de cuidados. Entre eles estão a higienização das mãos e troca de roupas e sapatos antes de acessar as granjas, no caso dos profissionais com acesso autorizado, a desinfecção de todos os veículos que acessem as propriedades, a higienização de todas as roupas e sapatos em caso de retorno de viagem ao exterior, além de vazio sanitário no retorno ao trabalho, além de evitar o contato de animais da granja com outras aves, especialmente silvestres.
De acordo com o presidente da entidade, Ricardo Santin, todo o setor produtivo brasileiro foi convocado à intensificação das medidas, para preservar o status sanitário do Brasil.
"O Brasil nunca registrou Influenza Aviária no território. Queremos reforçar a estratégia setorial para evitar que o problema adentre as produções industriais do País”, diz.
Santin ressalta que os casos registrados na América do Sul ocorreram no litoral, em aves aquáticas locais e migratórias. E que há aspectos geográficos que também protegem o setor desta enfermidade que afeta apenas os animais.
“Mesmo assim, estamos em alerta total para manter o Brasil na posição de maior exportador mundial e segundo maior produtor de carne de frango, além de expressivo produtor de ovos. É uma questão setorial, mas também de interesse da sociedade, já que são duas das proteínas mais consumidas pela população brasileira", ressalta Santin.
O dirigente diz que não há expectativa que as notificações de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, em aves silvestres ou outras que não sejam de produção, e de Baixa Patogenicidade, em aves domésticas ou de cativeiro, afetem o status sanitário nem gerem fechamento de mercado do País, em acordo com o regulamento da Organização Mundial de Saúde Animal.
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