Simone Stülp, Secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS
Celebramos nesta publicação as marcas mais lembradas e apreciadas do nosso Estado, segundo os próprios gestores de negócios do Rio Grande do Sul. É um reconhecimento significativo entre os pares e que representa o sucesso de um empreendimento.
Estou certa de que, se questionarmos os agraciados, encontraremos um ponto comum: o êxito deriva de uma estratégia baseada em análise de dados.
Uma das grandes vantagens da era digital é a gama de possibilidades quando falamos em geração de dados. Tal recurso é fundamental para traçar planos bem orientados que levarão uma empresa ou o poder público a alcançar os objetivos estabelecidos. A própria definição de objetivos depende disso.
Os números, porém, pouco expressam de forma isolada. Tão importante quanto tê-los é dispor da capacidade de interpretá-los. A cultura das decisões orientadas por dados (data-driven) é fundamental tanto para a iniciativa privada quanto para as diferentes esferas de governo.
Como pesquisadora da área das exatas, sou uma entusiasta dos dados. Como gestora pública, tenho a felicidade de integrar um governo que projeta caminhos ao se debruçar sobre números, que nos indicam os cenários mais promissores e ações assertivas.
Especialmente na Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) posso citar exemplos de programas que nasceram após análises de dados, como o Professor do Amanhã, cujo desenho se deu a partir de profundas avaliações de cenários.
Outro programa interessante a ser citado é o Semicondutores RS. O estudo do contexto nos direcionou a identificar esta possibilidade de mercado ao Rio Grande do Sul e suporta a definição de ações.
Da mesma forma, temos os diagnósticos produzidos pelo Observatório da Inovação, Rede RS Startup e Pesquisa RS Tech, que norteiam a definição de áreas e movimentos a serem trabalhados junto ao ecossistema gaúcho de inovação.
Vale mencionar, ainda, o Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, estabelecido a partir do Plano Rio Grande com o papel de ser um farol para a tomada de decisões do governo quando pensamos nos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Se setores públicos e privados têm meios e finalidades diferentes, a base deve ser a mesma quando pensamos em resultados efetivos e de sucesso: a tomada de decisões orientada pela análise de dados.