Em caso de d�vidas, entre em
contato conosco: (51) 3213.1313 ou
envie um e-mail.
Depois de um ano de grande oscila��o na taxa de c�mbio real/d�lar, o mercado espera que o cen�rio seja menos turbulento no ano que vem. A pesquisa Focus, do Banco Central (BC), sup�e trajet�ria de queda para a taxa de c�mbio, que termina 2019 com d�lar em R$ 4,15 com a proje��o de leve baixa ao longo de 2020 (em R$ 4,10/US$) e negocia��o em 2021 em torno de R$ 4,00.
Tendo chegado a R$ 4,25 em 28 de novembro, a moeda operou em alta a maior parte deste ano. No entanto, declara��es do governo federal e uma interven��o do BC operando a venda de reservas internacionais a fim de injetar moeda estrangeira na economia deram conta de acalmar o mercado, segundo analistas.
Willian Teixeira, da Messem Investimentos, acredita que n�o h� espa�o para que o d�lar chegue novamente a
R$ 4,25. "A menos que, diferentemente do que est� se desenhando, o cen�rio piore muito l� fora. Mas ele tem melhorado", diz Teixeira, ressaltando que s�o esperados, ainda no in�cio de 2020, resultados bastante positivos das empresas brasileiras, o que pode contribuir para que o fluxo cambial se recupere.
O c�mbio � mais um dos importantes fatores para a tomada de decis�o no mundo dos investimentos. Felipe Paiva, diretor de Clientes da B3, lembra que a volatilidade traz impactos em alguns produtos e para diferentes perfis de investidores. "Um exemplo s�o os Minicontratos Futuros de D�lar Comercial. Hoje, ele � o segundo contrato de derivativo mais negociado no mercado brasileiro, atr�s do Contrato Futuro de DI", ressalta Paiva. Por outro lado, a volatilidade leva as empresas importadoras e exportadoras a terem de fazer hedge - ferramenta de prote��o � alta ou � queda da moeda estrangeira.
Todos esses fatores estimularam os brasileiros a buscar rendimentos mais altos do que os obtidos na poupan�a e na renda fixa. O resultado foi um aumento no n�mero de investidores operando na B3. Em um ano, o n�mero de pessoas f�sicas operando produtos de renda vari�vel saltou de 813,291 mil em 2018 para 1,590,652 milh�o, conforme os dados mais recentes da Bolsa, divulgados em novembro.
Para Felipe Paiva, da B3, o crescimento do mercado de a��es, de renda vari�vel e da ind�stria de fundos n�o deve parar por a�. "Temos ainda mais de 19 milh�es de pessoas com mais de R$ 5 mil na poupan�a que devem migrar. � uma quest�o de tempo", sentencia Paiva.
O Rio Grande do Sul � o quinto estado no ranking de maiores investidores, atr�s de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paran�. Ao todo, cerca de 90 mil ga�chos investem nesse mercado.
O desempenho do �ndice Bovespa (Ibovespa), principal indicador de desempenho das a��es negociadas na B3, reflete o aquecimento do mercado de capitais brasileiro. O Ibovespa bateu sucessivos recordes ao longo de 2019, tendo ultrapassado a marca de 111 mil pontos.
O �ndice d� sinais do mercado brasileiro para o mundo e a recorr�ncia de preg�es em alta pode colaborar, em um futuro pr�ximo, para a retomada dos investimentos estrangeiros na Bolsa brasileira - bastante resistentes em manter ou em alocar recursos no Pa�s. De acordo com Paiva, "esse perfil de investidor costuma ter uma vis�o de longo prazo e aguarda a entrega de resultados antes de tomar sua decis�o".
Para Paiva, o Brasil est� no caminho certo. Willian Teixeira, da Messem Investimentos, complementa que, se for concretizada a expectativa do governo Federal de o Brasil retomar o grau de investimento ainda em 2020 e as reformas forem aprovadas, o fluxo estrangeiro deve voltar a ser positivo na Bolsa.
A reforma da Previd�ncia e o maior grau de educa��o financeira dos brasileiros tamb�m t�m contribu�do para o ingresso de novos rostos na carteira das corretoras e traz consigo uma mudan�a no perfil dos investidores. O gestor da plataforma digital de aplica��es financeiras Warren, Thomaz Fortes, explica que o portf�lio demandado tamb�m vem mudando acompanhando as novas tend�ncias.
Se h� algum tempo a maioria dos operadores na bolsa buscavam grandes ganhos em curto prazo, cada vez mais pessoas comuns dispondo de quantias menores procuram corretoras em busca de ganhos no m�dio prazo, para concretizar sonhos, e at� de longu�ssimo prazo visando a aposentadoria.
Willian Teixeira, da Messem Investimentos, lembra que a evolu��o nos resultados do mercado de capitais puxa para cima a curva de abertura de capital no Pa�s. "Em 2020, o mercado de ofertas p�blicas dever� ter aquecimento ainda maior no Brasil. Nossa taxa de juros est� bem baixa. Ent�o, � o momento de as empresas voltarem a investir em crescimento e maquin�rio, at� por uma expectativa de melhora nos �ndices econ�micos", diz Teixeira.
A retomada econ�mica, impulsionada, al�m da Selic baixa, pela volta do consumo e pelos n�veis de emprego melhorando, deve estimular as empresas a investir. Teixeira analisada que "elas v�o querer capitalizar-se para poder investir no seu pr�prio crescimento".
Entre os produtos que est�o pegando carona nessa nova tend�ncia e s�o apontados por especialistas como mais promissores, est�o ETF, Fundos Imobili�rios, Deb�ntures e Tesouro Direto. Al�m disso, Felipe Paiva informa que "a B3 tem uma agenda de entregas de novos produtos muito robusta para 2020, junto com os bancos e corretoras, que inclui diversas novas solu��es para o mercado".
Especificamente para investidores pessoa f�sica, a Bolsa est� trabalhando junto aos reguladores para flexibilizar regras atuais que ampliem o acesso do p�blico a novos produtos e op��es de investimento. "Um bom exemplo s�o os BDRs, instrumentos que permitem investimentos em a��es listadas no exterior e hoje s�o acess�veis apenas a investidores qualificados. Com essa iniciativa da CVM, ser� poss�vel a todos os brasileiros investirem em pap�is como, por exemplo: Apple, Amazon, Microsoft e outras grandes companhias", adianta Paiva.