A promessa de investimentos de grandes empresas em novas lojas (e novos postos de trabalho) é um alento para os lojistas, que estimam aumento das vendas do varejo. O presidente do Sindilojas-Porto Alegre, Paulo Kruse, cita as inaugurações de mais três lojas da Havan previstas para Porto Alegre, além da continuidade dos planos de expansão de redes como Renner e Americanas.
No rol de empresas que já anunciaram abertura de novas lojas em 2020, a Farmácias São João - atualmente com 690 unidades - projeta entrar o próximo ano com 20 novas operações e finalizar com um total de 750. Outra rede que avalia aumentar o canal físico é a Quero-Quero, que já conta com 40 contratos assinados, de um total de 70 lojas a serem inauguradas. A Lebes é outra grande rede que deve ampliar a presença no Estado, destaca o presidente da AGV, Ricardo Diedrich.
De forma geral, o dirigente da AGV afirma que os empresários que treinarem colaboradores e apresentarem novas experiências para os clientes, devem atrair mais consumidores. Diedrich concorda com a perspectiva de retomada do crescimento da economia a longo prazo. "Uma das grandes conquistas dos últimos anos para os empresários foi a reforma trabalhista", avalia. "Hoje, a indústria das ações trabalhistas não existe mais." Na opinião do presidente da entidade, a reforma previdenciária não ocorreu da melhor forma, mas já foi um avanço. Diedrich adianta que a AGV lutará pela diminuição da carga tributária, bem como pelo "enxugamento do tamanho do estado e da burocracia como um todo". Afirmando que medidas de liberdade econômica serão fundamentais, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, destaca que 25% das mais de 4 mil empresas do Estado devem abrir ou ampliar lojas, "promovendo melhorias e gerando novos empregos". "Historicamente, os supermercadistas respondem pela abertura de 3 mil vagas todos os anos. É um setor pujante, que, cada vez mais, movimenta o varejo, contribuindo para 7% do PIB do Rio Grande do Sul."