Futuro esperançoso no País cada vez mais longínquo! Dualização extrema. O ambiente político nacional, que contamina o econômico e social, conduziu-nos à encruzilhada. Infrutífera, igualmente, ótica saudosista. O passado não era melhor. Evoluímos em nível de consciência, mas as pessoas se desenvolvem distintamente em relação a aspectos cognitivos, morais e psicológicos. Nesta contenda, ambos os lados verbalizam valores e princípios - nobres -, que são ignorados pela conveniência de interesses e resultados pessoais e grupais.
É urgente e mandatória a superação do conflito estabelecido entre duas "visões de mundo" opostas: direita e esquerda. Indispensável desenvolver em todos os ambientes, clima propício ao amadurecimento necessário, objetivando busca e alcance, a partir de todas correntes políticas, de um propósito magnânimo e maior. Imperioso abrir mão de velhas certezas. Todos, em especial, dirigentes nacionais, têm o dever de buscar, genuinamente, um propósito grandioso na direção da melhoria de vida das pessoas e da sociedade. No conturbado momento, ignoram-se o diálogo e a tentativa de se trazer as contribuições da "agenda positiva de todos os lados". Predominam orgulho e egos. Precisamos reduzir movimentos dicotômicos para a construção de um eventual consenso mínimo. Somente pensando e agindo de acordo com princípios e valores que apontem para um "propósito maior", é que conseguiremos sair do atoleiro. Inadiável o abandono das paixões da bandeira partidária e a busca e ação baseados na ponderação.
Não esqueçamos que o homem é conduzido por paixões, mas é impulsionado por valores. Indivíduos, líderes empresariais e a classe política urgem refletir - e agir - dando-se conta de que a verdadeira inteligência e a felicidade, resulta do atingimento deste propósito maior.
Professor da Unisinos e consultor empresarial