Mesmo em meio a dificuldades causadas pela crise econômica e o aumentos de impostos, a vinícola Adolfo Lona aposta no crescimento e em novidades em produtos. Pequena produtora de vinhos localizada na cidade de Garibaldi, no Vale dos Vinhedos, foi criada em 2004 pelo enólogo que a batiza, e mantém desde o princípio o objetivo de elaborar espumantes de qualidade em pequena escala.
O ano de 2016 foi difícil, em especial, porque os governos estadual e federal aumentaram os impostos em janeiro. Este fator, somado à crise que tomou conta do País de modo geral, criou dificuldades para manter os níveis de crescimento de outros anos, explica o enólogo. "Apesar disso nosso resultado foi bom, com um pequeno crescimento", diz Lona.
Já em 2017, a situação é instável, com alguns mercados, como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, crescendo; e outros, como Rio de Janeiro, com leve diminuição. "Infelizmente, o governo do Rio Grande do Sul, insistindo na sua insensibilidade, aumentou os valores da Substituição Tributária e retirou novamente parte da nossa competitividade", lamenta Lona. "Como somos conscientes de que teremos de lidar por muito tempo com este tipo de adversidade, a solução achada para manter nossos volumes de vendas e tentar crescer foi manter nosso foco no consumidor final, administrar nossas margens e inovar", explica.
Com este objetivo, a vinícola está lançando um novo espumante aguardado há três anos. Trata-se de um Nature Rose Clair, produzido somente com as uvas tintas Merlot e Pinot Noir e maturado por 30 meses em caves climatizadas. O nome deste espumante, Silvia 1972, foi a melhor forma que Adolfo Lona achou de homenagear sua esposa, "companheira inseparável de todas as horas", segundo ele. A data corresponde ao ano de seu casamento. A bebida é uma série especial do Orus Pas Dos, com produção limitada a 1.100 garrafas devidamente identificadas e numeradas.
Com este produto, Lona venceu mais um desafio, que foi elaborar um espumante com ausência total de açúcares, rosado composto de vinhos de uvas tintas. "O resultado, e a reação e os comentários das pessoas que já o degustaram permitem assegurar que este produto contribuirá para consolidar a excelente imagem que o estado do Rio Grande do Sul tem de produtor de espumantes de qualidade", afirma o produtor.
A empresa possui uma sala climatizada onde são maturados, por longos anos, os espumantes produzidos pelo método tradicional. Ela produz sete espumantes comercializados sob a marca Adolfo Lona, que são: Brut Branco método charmat, Brut Rosé método charmat, Demi-sec método charmat Brut método tradicional, Nature método tradicional, Orus Pas Dose método tradicional e Silvia 1972 - método tradicional.
A vinícola comercializa 70 mil garrafas anualmente, 50 mil pelo método charmat e 20 mil pelo método tradicional. A venda ocorre apenas por meio de distribuidores exclusivos em cada capital, focados em vendas a restaurantes e ao consumidor final. Por tratarem-se de pequenos lotes, as parcerias são feitas com empresas de pequeno e médio portes, muitas delas importadoras que comungam com a filosofia de trabalho de Adolfo Lona, que é a de oferecer excelentes produtos com preços competitivos.