O contêiner para receber corpos de vítimas da Covid-19 estacionou no começo da tarde desta quarta-feira (3) no pátio em um dos principais hospitais de Porto Alegre que enfrenta grande demanda de atendimento e perdas de vidas ligados à pandemia e que exige a estrutura de retaguarda. UTIs em
hospitais gaúchos seguem com 100% de ocupação.
Um caminhão transportou a câmara fria com capacidade para armazenar até oito corpos, segundo o Hospital Moinhos de Vento (HMV), que tem nesta quarta-feira, 130% de lotação em leitos intensivos.
A estrutura ficará no pátio da área interna e dará apoio quando a capacidade do morgue, que é a área em um hospital que recebe os cadáveres para depois liberar para procedimentos de sepultamento, ficar esgotada. O morgue comporta até três corpos. Com o crescimento de óbitos, em função de maior número de internações em UTI e agravamento dos casos, a
instituição tem registrado operação no limite.
Além do Moinhos de Vento, outros hospitais da Capital estariam verificando ou tem em seus planos de emergência a busca de suporte desse tipo de equipamento.
A câmara fria comporta até oito corpos ao mesmo tempo e dará apoio ao necrotério. Foto: HMV/Divulgação
Por nota nessa terça-feira (2), o HMV informou que o "potencial crescimento no número de óbitos" levou a acionar a "expansão programada em plano da estrutura do morgue (necrotério)". Segundo a instituição, mesmo que não venha a ser utilizado, o contêiner será alugado como medida preventiva e necessária.
"Será utilizado somente em caso de real necessidade, considerando a possibilidade de atrasos na retirada dos óbitos por parte das funerárias, realidade essa percebida em outras cidades do Brasil e do mundo. A estrutura atual comporta até três óbitos e está adequada às normas, condições de normalidade e porte do Hospital Moinhos de Vento", destaca o texto.