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Publicada em 18 de Março de 2025 às 18:53

Dragagem de quatro canais facilitará acesso ao porto da capital do RS

Cinco dragas irão realizar os trabalhos de desassoreamento no Guaíba

Cinco dragas irão realizar os trabalhos de desassoreamento no Guaíba

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
A dragagem dos canais Furadinho, Pedras Brancas, Leitão e São Gonçalo, situados na hidrovia gaúcha, contribuirá para diminuir as restrições que as embarcações de transporte de carga têm enfrentado para chegar ao porto da capital gaúcha desde que houve o assoreamento desses locais, após a enchente do ano passado. Conforme o presidente da Portos RS (companhia pública responsável por administrar o sistema hidroportuário no Rio Grande do Sul), Cristiano Klinger, a expectativa é que a conclusão das obras nos quatro canais possa ocorrer em até 150 dias.
A dragagem dos canais Furadinho, Pedras Brancas, Leitão e São Gonçalo, situados na hidrovia gaúcha, contribuirá para diminuir as restrições que as embarcações de transporte de carga têm enfrentado para chegar ao porto da capital gaúcha desde que houve o assoreamento desses locais, após a enchente do ano passado. Conforme o presidente da Portos RS (companhia pública responsável por administrar o sistema hidroportuário no Rio Grande do Sul), Cristiano Klinger, a expectativa é que a conclusão das obras nos quatro canais possa ocorrer em até 150 dias.
O dirigente detalha que serão cinco dragas responsáveis pelos serviços. O investimento na iniciativa é estimado em cerca de R$ 60 milhões, recursos provenientes do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). A empresa que irá realizar os trabalhos é a Ster Engenharia. O presidente da Portos RS informa que, mais adiante, será aberta a licitação para fazer a dragagem de outros oito canais da hidrovia do Estado.
"Mas, com os quatro canais que a gente está fazendo agora, os navios já conseguirão chegar a Porto Alegre com menor restrição", afirma Klinger. A situação da Capital estará plenamente resolvida com o término dos outros oito canais. Os reflexos ocasionados com o assoreamento podem ser percebidos pela comparação dos balanços dos resultados de movimentação de cargas do porto da Região Metropolitana. No primeiro bimestre de 2024, antes da enchente, o resultado foi de 175 mil toneladas trabalhadas e no mesmo período de 2025 caiu para 37 mil toneladas.
Klinger participou nesta terça-feira (18) da cerimônia do marco inicial dos trabalhos de dragagem para o desassoreamento do canal do porto da Capital, que ocorreu no Cais Mauá, em Porto Alegre. Também estiveram presentes o governador Eduardo Leite e o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.
Segundo o governador, serão retirados mais de 1,5 milhão de metros cúbicos de sedimentos com as novas dragagens. Leite recorda que ação semelhante foi feita no Canal de Itapuã (a obra iniciou em novembro de 2024 e já está praticamente acabada). O local, que faz a ligação do Guaíba com a Lagoa dos Patos, é considerado um dos pontos críticos para acessar ou sair do porto da capital gaúcha ou fazer a ligação até o terminal Santa Clara, em Triunfo.
Leite enfatiza que a hidrovia é estratégica para o Rio Grande do Sul. “Porque assegura o escoamento da produção”, ressalta o governador. Ele considera um privilégio dos gaúchos contar com esse recurso que permite reduzir o custo logístico estadual. Já o secretário de Logística e Transportes acrescenta que, com o serviço nos quatro canais, alguns pontos da hidrovia que com o assoreamento estão hoje com dois a três metros de profundidade irão para seis metros. “Isso melhorará a mobilidade do setor hidroviário”, frisa Costella.
Outra medida no segmento da logística hidroviária do Rio Grande do Sul que está prevista para ocorrer nos próximos dias é o leilão da área POA26, no porto da Capital. O certame do terminal está previsto pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para 30 de abril. O complexo terá como foco a movimentação e armazenagem de granéis sólidos e será arrendado no modelo simplificado por 10 anos. A previsão de investimentos no aprimoramento da sua estrutura, por quem arrematá-la, é de aproximadamente R$ 21,1 milhões.

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