Louren�o Marchesan
Se na pista central do Parque Assis Brasil ocorre o desfile dos grandes campeões das raças de animais, no Pavilhão da Agricultura Familiar, não muito distante, tem os melhores entre os alimentos típicos fabricados pelo segmento.
Dentre os expositores - que chegaram a 316 nesta edição da feira - alguns se destacam e são reconhecidos como campeões do Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar. Em sua 8ª edição, o concurso, que teve 80 inscritos, conta com nove categorias de produtos, avaliados por jurados que conferiam os mínimos detalhes na hora de dar o resultado final.
Os nove premiados, conhecidos na noite de quinta-feira (29), vêm de regiões distintas do Rio Grande do Sul, muitos colocando pela primeira vez o seu produto sob o olhar exigente de especialistas. Outros já se perdem nas contas tentando lembrar há quantos anos frequentam o Parque de Exposições Assis Brasil.
Conheça os vencedores e o que dizem sobre seus produtos:
VINHO TINTO FINO SECO: Casa Garcia, de Carlos Barbosa
Foto Luiza Prado/JC
“Trabalho, força e dedicação”, resume Alzermiro André Moura da Silva, fundador da vinícola Casa Garcia, de Carlos Barbosa, sobre o esforço necessário para fazer um vinho campeão. Em atividade há 14 anos, a Casa Garcia produz vinhos varietais e moscatel.
CACHAÇA PRATA: 3 Fortuna, de Muçum
Foto Luiza Prado/JC
“Empenho, cuidado desde o plantio, atenção a cada detalhe da produção”, descreve Paola Fortuna, 33 anos,sobre o trabalho que a cachaçaria 3 Fortuna realiza para oferecer uma bebida premiada. Responsável pelo controle de qualidade, Paola cita que a cachaça, que já venceu outros prêmios pelo País, não usa agrotóxicos e é 100% orgânica.
CACHAÇA ENVELHECIDA PREMIUM: Wille, de Poço das Antas
Foto Jackson Ciceri/Especial/JC
“Ser detalhista, amor ao próximo e muito cuidadoso”, elenca Tiago Flach, 28 anos, e Vilson Schneider, 51 anos, proprietários da cachaçaria Wille, um dos passos necessários para criar uma bebida de qualidade é o cuidado com o envelhecimento do produto. Pela segunda vez na Expointer, a empresa ganhou o prêmio justamente na primeira vez em que participou do concurso.
SUCO DE UVA: Orgânicos Mariani, de Garibaldi
Foto Luiza Prado/JC
“Não se deve contar com a sorte, e sim com o manejo, cuidado, capricho e, principalmente, trocar experiências para ver o que precisa mudar”, aconselha Jorge Mariani, 48 anos, proprietário da agroindústria, que garante que não há segredo para fabricar um com suco. Depois do resultado do concurso, Mariani diz que os próprios concorrentes o procuraram para saber mais sobre como produzia um suco tão bom.
MEL: Casa do Mel Schwendler, de Venâncio Aires
Foto Jackson Ciceri/Especial/JC
“É preciso ver o que não está bom e procurar melhorar. Tu podes errar uma, duas vezes, o que não podes é errar três. Precisa estar sempre atento aos comentários de quem prova o mel”, afirma Edson Schwendler, 41 anos. Após tirar o terceiro lugar na competição do mel na Expointer de 2018, Schwendler conta que buscou melhorar a produção para alcançar um patamar ainda melhor do produto.
SALAME: Weber, de Não-Me-Toque
Foto Jackson Ciceri/Especial/JC
“Damos atenção aos mínimos detalhes, é preciso amor ao que se faz”, explicam Dulce Weber, 62 anos, e seu filho Cristian Weber, 32 anos. Estreando na Expointer, a agroindústria conquistou o campeonato após investimento um uma nova unidade de beneficiamento de carnes, inaugurada em 2018.
CACHAÇA ENVELHECIDA EXTRA PREMIUM: Weber Haus, de Ivoti
Foto Luiza Prado/JC
“Cuidado com tudo, como a marca é uma tradição que já dura séculos, estar atento a tudo que envolva a produção”, traduz Mateus Weber, 25 anos, que iniciou no Weber Haus aos 15 anos na parte burocrática do escritório. Hoje, Weber atua no marketing. Há 71 anos no mercado e com várias Expointer no currículo, a Weber Haus procura manter a tradição familiar.
VINHO TINTO DE MESA SECO: Piccola Cantina, de Bento Gonçalves
Foto Luiza Prado/JC
“Precisamos buscar o melhor sempre, aceitar os erros e os estudar acertos”, dizem os proprietários Auri Flâmia, 57 anos, e Diva Flâmia, 53 anos, que estão atentos acada detalhe do processo de fabricação do vinho, desde o plantio da videira até a colheita da uva e seu processamento. A Piccola Cantina vem pela segunda vez à feirae consegue a premiação ao estrear noconcurso.
QUEIJO COLONIAL: Ferrari, de Carlos Barbosa
Foto Luiza Prado/JC
“Procuramos priorizar a qualidade do produto e a limpeza do processo de fabricação”, destaca Luiz Raimondi, 62 anos, lembrando que a agroindústria Embutidos e Queijos Ferrari, fundada em 2004, participa pela 13ª vez da Expointer e já venceu outros concursos. O expositor diz que os queijos são elaborados com matéria-prima própria e contam com um sabor único.