O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou de 0,31% em julho para 0,17% em agosto, conforme divulgou nesta segunda-feira (2) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na margem, o resultado ficou levemente acima da mediana de 0,16%, mas dentro do intervalo de 0,12% a 0,21%. Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 3,97%, de 3,87% no período finalizado no mês anterior, uma vez que a taxa fora de 0,07% no oitavo mês de 2018. No ano, o avanço é de 2,90%, de 2,73% até julho.
Na terceira semana de agosto, o IPC-S subiu 0,22%. Nessa base de comparação, cinco das oito classes de despesa componentes do índice arrefeceram. O grupo que mais influenciou o alívio do indicador foi Alimentação, que ampliou a deflação, de 0,15% para 0,36%. No segmento, a FGV destacou o comportamento de hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -8,07% para -10,75%.
Também registraram decréscimo no período os grupos Vestuário (-0,01% para -0,29%), beneficiado por calçados (0,21% para -0,22%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,18%), influenciado por artigos de higiene e cuidado pessoal (0,01% para -0,29%); Habitação (0,84% para 0,81%), com contribuição de tarifa de eletricidade residencial (3,94% para 3,36%); e Despesas Diversas (0,01% para -0,05%), com destaque para alimentos para animais domésticos (-0,82% para -1,35%).
Em contrapartida, mostraram aceleração no período os grupos Educação, Leitura e Recreação (-0,13% para 0,13%), com influência de passagem aérea (-9,61% para -4,57%); Comunicação (0,27% para 0,38%), com destaque para tarifa de telefone residencial (1,12% para 1,48%); e Transportes (0,05% para 0,13%), com contribuição de etanol (1,44% para 3,16%).
Os itens que mais contribuíram para a baixa do indicador da terceira para a quarta semana de agosto foram tomate (-19,60% para -25,83%), batata inglesa (apesar da aceleração de -13,31% para -11,30%), cenoura (-14,55% para -16,96%), passagem aérea e laranja pera (-5,58% para -6,07%).
Por outro lado, as principais influências individuais de alta foram energia elétrica, condomínio residencial (0,93% para 1,14%), etanol, plano e seguro de saúde (mesmo com o leve alívio de 0,59% para 0,58%) e refeições em bares e restaurantes (0,22% para 0,37%).