Apesar de sediar grandes empresas e estar à beira do rico rio Yangtzé, a província de Hubei também precisa lutar contra a pobreza de parte da população. Retirar pessoas da pobreza extrema (que vivem com menos de 2,5 mil yuanes/ano, ou cerca de US$ 1 por dia) é uma das prioridades da China hoje em dia. De acordo com o governo, 68 milhões de pessoas deixaram essa condição entre 2013 e 2017. E ações desenvolvidas na capital Wuhan, como no distrito de Huangzhou, são um exemplo de sucesso.
Na pequena aldeia de Lijiawan, em menos de três anos, um conjunto de ações retirou dessa situação 254 pessoas que viviam em extrema pobreza na região. Os trabalhos se direcionam a ações macro, e também específicas, explica Zheng Xingping, secretário da comissão da aldeia.
No âmbito geral do povoado, por exemplo, com recursos estatais se conseguiu implantar um conjunto de painéis de energia solar. Além de gerar energia para sistemas de limpeza que transformam água suja em potável, o excedente energético é vendido ao mercado e vira renda para a manutenção da comunidade.
Outro trabalho local para gerar renda foi formar uma cooperativa rural para formação de viveiros de árvores e investimento em acessos asfálticos ao povoado, melhorando o transporte de mercadorias e de pessoas. Outra proposta que tem dado resultados é a criação de um fundo, inicialmente com aporte do governo, para manutenção e apoio aos mais pobres. "E quem consegue, com essa ajuda, sair da pobreza e arranjar um emprego, posteriormente passa a doar um percentual da renda para manutenção desse mesmo fundo", explica Zheng.