A falta de trabalho já é uma das maiores preocupações das famílias brasileiras. Afinal, mês após mês, as taxas de desemprego sobem de forma alarmante, apesar das reiteradas tentativas por parte do governo de Michel Temer (PMDB) de vender uma invisível retomada do crescimento econômico. Mas a crise acabou só na propaganda. O Brasil está parado e jogando na desesperança milhares e milhares de pessoas. Os números são alarmantes. A taxa de desemprego no País aumentou para 13,7% no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado no final de abril. A marca é superior aos 12% dos três últimos meses do ano passado e mostra uma tendência de elevação.
Neste momento, segundo o IBGE, o Brasil não consegue prover de trabalho a 14,2 milhões de pessoas, contra 11,1 milhões na mesma época do ano anterior. O contingente de trabalhadores com carteira assinada também é menor. Caiu 1,2% frente ao trimestre anterior, uma redução de 408 mil pessoas, e ficou em 32,9 milhões, o menor de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012. O maior número de carteiras assinadas no Brasil foi registrado em junho de 2014, quando foram registrados 36,8 milhões de empregos formais.
É preciso fazer alguma coisa urgentemente para estancar essa sangria. O governo necessita adotar uma estratégia para, o mais rapidamente possível, administrar essa conjuntura perversa. O trabalhador precisa ter emprego e poder de compra para combater às desigualdades e promover distribuição de renda, fazendo girar o motor da economia.
O desemprego é o mais cruel dos efeitos da crise. Afinal, o emprego não garante só o dinheiro ao final do mês. Ele é garantia da dignidade, da noção de pertencimento e de integração. Ou seja, o trabalho, além do pão de cada dia, dá honra e dignifica. Não podemos tirar isso dos brasileiros.
Deputado federal (Rede)