Imers�o para s�ndicos promete aumentar performance
Jos� Henrique Hornung � professor do Curso de Forma��o de S�ndicos da Pucrs
Foi realizado em Porto Alegre, no mês passado, a Deep Experience - Imersão Vivencial para Síndicos. Durante três dias, os participantes ficaram enclausurados na Casa de Retiro Vila Betânia, no bairro Glória. Tudo para desenvolver as potencialidades de uma função que virou profissão e que tem demanda crescente no mercado: a administração de condomínios. A condução ficou a cargo de José Henrique Hornung e Fábio Steren, ambos professores do Curso de Formação de Síndicos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs), com formação em Coach e Análise Comportamental pelo Instituto Brasileiro de Coaching (IBC). A dupla foca em temas como desenvolvimento e potencialização de habilidades, comunicação não violenta, mediação de conflitos, dinâmicas norteadoras, autoconhecimento e liderança. Nesta entrevista, eles falam mais sobre a iniciativa.
GeraçãoE - Qual a ideia de uma imersão para síndicos?
José Henrique Hornung - Entendemos que quem atua no segmento de condomínios, cada vez mais, encontra desafios no dia a dia, visto que os empreendimentos vêm se tornando maiores e mais complexos. Não somente pela questão de estrutura e tamanho, os atuais síndicos estão encontrando dificuldades para administrar todas as demandas, mas existe também um dos fatores mais importantes nesse sistema todo, que é o fator humano. Não somente pela quantidade de pessoas que certos empreendimentos alocam, porém também, e principalmente, pelos moradores dos condomínios, que estão exigentes e com menos tempo para se dedicar para a valorização do seu imóvel. Neste caminho, surgiu a demanda de utilizar metodologias ativas e de imersão para buscar dentro de cada participante o que ele tem de melhor e onde pode se desenvolver mais.
GE - Qual futuro você enxerga para essa profissão?
José - Justamente pela questão da alta complexidade em administrar condomínios e menos tempo que as pessoas dispõem para o desenvolvimento de todas as necessidades que um condomínio demanda, este cargo vem sendo ocupado por pessoas profissionais, que se dedicam. Normalmente, elas têm mais conhecimento do que moradores que possuem outra profissão ou ocupação e acabam se tornando síndicos, muitas vezes apenas por caráter formal e não operacional, como devem ser. Até 2022, estima-se que metade dos condomínios já contará com um profissional na área atuando neste segmento.
GE - As técnicas que são utilizadas na imersão trazem quais benefícios?
José - Utilizando metodologias ativas de aprendizagem, ou seja, onde o participante realmente está inserido dentro das dinâmicas como executor e não somente como ouvinte, buscamos proporcionar um espaço seguro e confortável, onde o erro é bem-vindo e posteriormente trabalhado. Todas as dinâmicas foram pensadas de forma que quem está lá testa suas aptidões e técnicas para que possa se desenvolver mais e se tornar um profissional capacitado e preparado para o mercado.
GE - Que dicas deixa para quem quer seguir no ramo?
José - Antes de entrar neste ramo, é necessário estudar o mercado e, principalmente, a área de atuação. Além disso, deve-se buscar conhecimento técnico através de cursos e palestras.
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