Marlin Kohlrausch, presidente da marca Marlin Kohlrausch, presidente da marca Foto: /BIBI CAL�ADOS/DIVULGA��O/JC

Rede de cal�ados Bibi chega � Bol�via

H� 69 anos em opera��o, a marca pretende expandir o alcance ao continente europeu

A rede de franquia Calçados Bibi iniciou, em setembro de 2017, a expansão internacional. Agora, a marca, fundada em 1949, anuncia a primeira loja Bibi na Bolívia e a abertura da terceira unidade em Lima, no Peru. Com fábricas em Parobé (RS) e em Cruz das Almas (BA), a empresa produz cerca de 2,6 milhões de pares por ano. Presente em mais de 70 países nos cinco continentes, no Brasil está em aproximadamente 3,5 mil pontos de venda multimarcas, além de e-commerce e de uma rede com mais de 100 lojas. Nesta entrevista, o presidente da marca, Marlin Kohlrausch, fala sobre os desafios de levá-la ao exterior.
GeraçãoE - Como foi a trajetória até o momento de se aventurar no exterior?
Marlin Kohlrausch - Estamos falando de um processo minucioso e de longo prazo, não é algo que você decide fazer de um dia para o outro. Estamos há mais de 69 anos trilhando nosso caminho no mercado, e hoje atuamos por meio de lojas próprias, franquias, multimarcas e e-commerce, além de exportar calçados com marca e design própria para mais de 70 países. Com as exportações, estreitamos a relação de negócios com parceiros estratégicos, como aconteceu no Peru. Além de conhecer o mercado e os hábitos de consumo dos peruanos, estamos falando de um parceiro de longa data, que conhece todos os detalhes sobre o conceito e diferenciais dos nossos produtos.
GE - Como apresentar um produto lá fora?
Marlin - Os bolivianos já conhecem os nossos produtos, pois exportamos calçados com marca e design próprio para o país há mais de 20 anos. O grande benefício para o consumidor é que nas lojas da marca ele encontra grande parte da coleção, assim como produtos exclusivos. Em canais multimarcas, apenas alguns modelos estão disponíveis para a compra.
GE - Quais são os fatores que fazem uma praça ser atrativa?
Marlin - Analisamos como estão as vendas em relação aos produtos exportados para o país. No caso de calçados infantis, os países da América Latina apresentam uma vantagem em relação aos de outras regiões, por terem as mesmas estações e o clima semelhante ao do Brasil. Dessa forma, além da proximidade, que é um fator que favorece bastante a operação, o período de lançamento das coleções primavera-verão ou de outono-inverno é o mesmo aqui no Brasil e na Bolívia, por exemplo. Além disso, a preferência do consumidor pelo design e pelas cores é muito semelhante aos dos consumidores brasileiros, o que favorece a venda do produto na região em questão. Alguns produtos são mais atrativos em determinados países, outros têm apelo maior em países mais frios, mas também há aqueles que são um sucesso mundial, como a linha Roller, que é bem aceita em diferentes continentes. Vários fatores precisam ser analisados antes da marca tomar a decisão de ingressar em determinado mercado. Nosso intuito é transformar a Bibi em uma marca global de desejo, para isso buscamos competitividade para melhorar processos de forma contínua.
GE - O que é necessário para estreitar a relação com o consumidor final?
Marlin - Para quem deseja construir uma marca forte, com visibilidade, é necessário a abertura de um canal próprio. E este é um efeito cascata, pois reverbera em todos os mercados. No nosso entendimento, acreditamos que o consumidor precisa ter acesso a marca, seja por meio de lojas próprias, franquias, multimarcas ou e-commerce.
GE - Para quais países pretendem expandir depois?
Marlin - Há outros países que estão no foco na América do Sul. Em 2019, planejamos abrir mais quatro ou cinco lojas internacionais, mas ainda estamos negociando quais serão os próximos passos da marca. Daqui alguns anos, temos interesse pela Europa e pelos Estados Unidos, mas precisamos amadurecer ainda mais o projeto antes de inaugurar unidades em outros países.
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