O risco de uma empresa sem comunica��o clara
Aline Moura, 45 anos, tem cancha no Jornalismo. Já passou pelas principais redações de TV e de rádio do Rio Grande do Sul. Sua carreira, que nos últimos anos trilhou o rumo da assessoria de imprensa, deu origem à Faro, empresa de quase uma década focada não apenas em colocar marcas na mídia, mas em gerar conexões.
Nesta entrevista, ela fala sobre o novo braço de atuação em São Paulo, detalha uma pesquisa que desenvolveu para entender o que se espera de uma assessoria de imprensa e compara negócios que deixam a comunicação de lado com carros desgovernados - isso vale tanto para quem está iniciando uma empreitada quanto aos que já estão há bastante tempo no mercado, avisa ela.
GeraçãoE - O que as empresas esperam de uma assessoria de comunicação, conforme a pesquisa encomendada pela Faro?
Aline Moura - Fizemos um estudo com a Vitamina Pesquisa, o que nos torna uma das primeiras assessorias de imprensa que solicitou uma pesquisa de mercado para ouvir o que as empresas estão buscando. A comunicação mudou muito, a gente precisava se reinventar, se adaptar. Hoje, as empresas não esperam que a assessoria mande apenas um release, é preciso ter criatividade para poder apresentar quem é o cliente. As organizações demandam atendimento personalizado, entrega, cumprimento de prazo, resultado e promoção de experiências. No Beira-Rio (a Brio é cliente da Faro), a gente monta camarotes nos dias de jogos e shows, trabalhamos com mailing dirigido. Sei que meu cliente quer formadores de opinião e diretores de marketing para vivenciar aquela experiência, que pode gerar negócios.
GE - Qual a importância da comunicação clara hoje, em tempos de tanta informação na internet?
Aline - Uma empresa sem comunicação é como um carro desgovernado. Principalmente quando se trabalha com produto, tem de ter posicionamento, planejamento estratégico e, além da assessoria de imprensa, contar com uma agência de publicidade para criar campanhas. A empresa que não aparece tem alguma coisa errada, ela precisa se tornar fonte de informação. Isso mostra a força da marca.
GE - Como tu te atualizas para oferecer as melhores soluções aos clientes, que às vezes querem atingir um público de uma geração diferente da tua?
Aline - Tenho mais de 20 anos de Jornalismo e ando no meio de jovens, contrato eles. O núcleo da Faro Digital é composto por pessoas de até 30 anos. Aprendo com essa turma, fazemos muita troca. Além disso, tenho um networking forte, circulo do bairro Moinhos de Vento à Cidade Baixa.
GE - Nos conte como será essa ampliação para a cidade de São Paulo.
Aline - Em Porto Alegre, temos 10 pessoas trabalhando na Faro. A jornalista Silvia Braccio e uma estagiária fazem o atendimento em São Paulo. Já estamos trabalhando com a Associação dos Bancos Privados e com clientes gaúchos com atuação nacional por lá. Me divido entre as duas cidades para fazer relacionamento e espero que, com isso, possamos crescer. Para atender um cliente 360° temos que sair um pouco da caixa Rio Grande do Sul. A Faro não é mais uma empresa de comunicação somente gaúcha. Pode atender São Paulo, Santa Catarina, assim como fazemos com a Fruki, ou qualquer outro estado.
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Excelente entrevista. Sou ga�cha, formada na Unisinos e hoje moro no Espirito Santo. Concordo plenamente com a colega. A atua��o da comunica��o tem que ser bem mais ampliada, trabalho assim tamb�m. Infelizmente ainda a maioria dos empres�rios acredita "N�o fundamental" ou "caro" nosso trabalho. Parab�ns e prosperidade Aline.