Quando se fala em acesso a crédito de longo prazo, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é referência e um dos mais tradicionais do setor. Só em 2019, a entidade viabilizou cerca de R$ 2,5 bilhões para investimentos de empreendedores. O vice-presidente Luiz Corrêa Noronha salienta, ainda, que agora a aposta está na diversificação.
"É sempre importante conquistar novos mercados e oferecer aos clientes opções de crédito mais diversificadas. Estamos saindo da normalidade, por exemplo, ao atender o setor público", afirma. O banco criou, em 2015, o programa BRDE Municípios e a linha já é a segunda mais demandada. "Somos o mais antigo repassador do sistema nacional de fomento", completa.
Outra área cuja procura tem sido intensa é a de projetos sustentáveis. "Em termos financeiros, é o nosso carro-chefe, tanto para energia eólica, solar e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)", detalha Noronha. O agronegócio, no entanto, continua sendo o setor mais forte. Para isso, o Banco buscou recursos junto a organismos internacionais, como a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o Banco Europeu de Investimento (BEI), além de trabalhar com as linhas já existentes de recursos nacionais.
Destaca-se, também, a atuação do Banco em Inovação. O Programa BRDE Inova, que abrange os eixos de financiamento, capital de risco e aceleração de empresas, busca contribuir para o aumento da competitividade das empresas locais e para a criação de um ecossistema com foco no desenvolvimento de novas tecnologias no Estado.
O ano de 2019 tem sido bastante desafiador, mas o BRDE espera superar o resultado de 2018, alcançando R$ 750 milhões em contratos somente no Rio Grande do Sul. "É desafiador, especialmente em função do cenário econômico adverso, mas trabalhamos para superar nossa meta", explica Noronha.