Têm ocorrido casos de agricultores que possuem pequenas áreas de terras e colônias em municípios do Noroeste gaúcho e das Missões, que decidem vender suas áreas por bons preços, devido ao valor elevado da soja, e compram áreas maiores nos municípios dos Campos de Cima da Serra. Saem dos lugares de origem com a família, vendendo tudo o que têm para começar vida nova em lugares como Cambará do Sul, São Francisco de Paula, Jaquirana, São José dos Ausentes, Bom Jesus, para, com os conhecimentos que têm na lavoura, ajudar a desenvolver as áreas desses municípios, onde vêm se instalar para auxiliar no seu progresso.
Ao se dedicarem ao trabalho árduo, que é o que sabem fazer, ao lavrarem as terras, ainda que respeitando toda a mata existente, sem abaterem uma árvore sequer, são autuados por órgãos ligados ao controle do meio ambiente que lhes impõem pesadas multas que chegam a exceder o valor pago pela terra que compraram.
Ao receberem estas multas são obrigados a se defenderem perante órgãos cuja sede é em Brasília, obrigando estes agricultores a despesas elevadas com advogados e o pior, o embargo de suas terras sem poderem tirar dela o seu sustento. Urge que o legislador pátrio, em nome do aumento da produção de alimentos para o País, altere a legislação que permite este estado de coisas que está a causar enorme intranquilidade no campo.
Ex-prefeito de Passo Fundo/RS