Como seria bom analisar o conflito de Gaza podendo ter a visão dos dois lados, e não apenas de um. Na história da humanidade, os povos esperam fatos determinados para justificar condutas e proceder em ações. Era sabido, há meses, que os Estados Unidos transladariam a sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.
Essa foi a justificativa para gerar a maior violência dos últimos tempos no Oriente Médio. Vejam bem, na vizinha Síria, na guerra civil que lidera Bashar al-Assad, já foram mortas mais de 100 mil pessoas, e o mundo continua assistindo indiferente a matança do povo sírio.
Na Faixa de Gaza, território do qual Israel se retirou unilateralmente em 2005, o grupo Hamas, que não reconhece a existência de Israel e prega a sua destruição, governa uma população de mais de 2 milhões de palestinos. Cabe lembrar que o Hamas integra a lista de grupos terroristas da União Europeia e de vários países. É bom lembrar que, desde 1948, Jerusalém é a capital do moderno Estado de Israel. É bom registrar que, em 1006, antes da Era Comum, o Rei David estabeleceu Jerusalém como a capital de seu reino. O cemitério do Monte das Oliveiras tem mais de 3 mil anos de existência, e os seus mais de 150 mil túmulos comprovam a vida de judeus na região. Para o povo judeu, Jerusalém ocupa um lugar especial e sempre foi considerada a capital de Israel. Não é por acaso que ela é citada nos livros sagrados judaicos 700 vezes.
De 1948 a 1967, a Jordânia teve a posse e o direito territorial sobre Jerusalém Oriental. Por que os palestinos não aproveitaram esses anos para construir a sua capital? Ser judeu nos leva sempre a estar na mira da história, mas não deixem nunca de enxergar o outro lado.
Rabino/Sociedade Israelita Brasileira de Cultura e Beneficência