Com o País em ebulição política e com a aproximação do período eleitoral, é hora de refletir a respeito do Estado e País que queremos e precisamos. Segurança, saúde e educação; comida na mesa, moeda estável e inflação controlada; maior produtividade, um campo cada vez mais forte e uma indústria que se desenvolva. As pautas são muitas, mas há uma necessidade que perpassa todas elas.
Quem recolhe o valioso dinheiro do trabalhador em forma de impostos e tributos, quem define a aplicação desses recursos, enfim, quem administra a máquina pública tem a mais absoluta obrigação de ser responsável: seja criando leis, seja fiscalizando ou aplicando os recursos disponíveis. Famílias, empresas, comunidades, vidas dependem de suas decisões. Responsabilidade na vida pública é sustentar uma conduta ilibada, aplicar com correção os recursos disponíveis, investir com eficiência e não gastar de modo desnecessário. É preciso, pois, combater os privilégios que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário criam para seu próprio proveito.
Ainda que sejam legais (previstos em leis), são mecanismos irresponsáveis. Foi isso que tive em mente quando encaminhei o projeto que acabou com o absurdo das pensões vitalícias aos ex-governadores do Rio Grande do Sul. O Estado gasta R$ 4,3 milhões por ano com oito ex-governadores e quatro viúvas. Por mês, todo cidadão gaúcho ajuda a pagar mais de R$ 30 mil para cada um. Esse privilégio de pouquíssimos era um deboche, irresponsabilidade para com a população, que padece em filas de postos de saúde e está à mercê da bandidagem.
Todo recurso de que os Poderes dispõem tem como fonte única o bolso da população, dos trabalhadores, das famílias brasileiras. Não há responsabilidade maior do bem que gerenciar esses recursos.
Deputada estadual (PPS)