A Sulgás, sempre superavitária, construiu seu próprio patrimônio: uma rede canalizada cuja extensão equivale a uma linha reta de Porto Alegre a São Paulo. É a 3ª distribuidora do País em número de municípios atendidos, ficando à frente, inclusive, de empresas privadas. Não recebe benefícios ou isenções fiscais para investir em sua carteira de projetos. Paga seus impostos em dia. Criada durante o governo Collares (PDT), é fruto da sociedade entre o RS (51%) e a Gaspetro (49%). Em 2018, a companhia completa 25 anos e já anunciou novos investimentos que, independentemente de governos, continuarão a existir.
Com receita líquida de R$ 599,3 milhões e lucro líquido de R$ 130,7 milhões, em 2016, a Sulgás demonstra sua eficiência. Abrir mão deste ativo é abrir mão dos recursos que a empresa concede ao Rio Grande do Sul. É acabar com o mercado fornecedor que, hoje, depende da atividade da Sulgás. Ao privatizá-la, que garantias teremos de que o preço do gás não vai aumentar?
A iniciativa privada não irá arriscar-se em projetos com retorno no médio e longo prazos. Vai querer desfrutar de benefício ou isenção fiscal. E quem pagará essa conta? Transferir ao setor privado um bem da coletividade é um assalto. Não podemos permitir que o Rio Grande exproprie o que é seu.
Deputada estadual (PDT)