Uma decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central derrubou, nesta quinta-feira, efeito suspensivo que impedia a reintegração de posse, em favor da prefeitura de Porto Alegre, de um dos terrenos associados às obras da trincheira da Plínio Brasil Milano com a Terceira Perimetral. A área, onde hoje funciona a Metta Veículos, já tem decisão contra si transitada em julgado desde 2015, mas os atuais donos do empreendimento têm conseguido arrastar o processo desde então, alegando que parte do terreno não pertence ao município, sendo de posse legítima dos atuais ocupantes. Ao todo, a indefinição sobre a posse já dura mais de dez anos. 

Uma reunião marcada para esta sexta-feira deve definir os próximos passos da prefeitura para retomar a posse da área, que incluem o pedido de um novo mandado de reintegração. Em meio às idas e vindas do imbróglio judicial, parte das instalações da Metta Veículos chegou a ser derrubada pelos proprietários do negócio, mas a revenda não fechou as portas e segue atuando no local. 

Um segundo terreno, atualmente ocupado pela Boeckel Pneus, também é alvo de ação judicial que pede o retorno da área para o município. A última movimentação é do começo de fevereiro, quando foram entregues as alegações dos representantes legais da borracharia. A decisão do caso está nas mãos do juiz José Antônio Coitinho, da 1ª Vara da Fazenda Pública.

De qualquer forma, a realização das obras ainda deve demorar. A trincheira na Plínio está incluída no contrato de financiamento entre a prefeitura e o Banrisul, no valor de R$ 120 milhões, que busca viabilizar a retomada das obras da Copa do Mundo de 2014 que seguem encalhadas em Porto Alegre. A prioridade, neste momento, é retomar as trincheiras nas avenidas Ceará e Anita Garibaldi - e a empreitada na Plínio, que sequer começou, deve ficar para o final da fila.